Primavera começa amanhã, marcada pelo La Niña; o que esperar da estação?
Começa nesta quinta-feira (22), às 22h04, a primavera no Hemisfério Sul, estação que vai até o início da noite de 21 de dezembro. Pelo terceiro ano consecutivo, a primavera terá a atuação do fenômeno La Niña. De acordo com o Climatempo, em quase todo o Brasil, a nova estação significa a volta da chuva, o aumento da umidade e do calor.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período reflete uma transição entre as estações seca e chuvosa na área central do Brasil, assim como o início do transporte de umidade vinda da Amazônia.
A umidade amazônica costuma ter efeito em outras importantes áreas do país, de forma a definir como serão as chuvas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no centro-sul da Região Norte.
De acordo com o Inmet, a primavera costuma provocar acumulados de chuva inferiores a 100 milímetros no norte da Região Nordeste, principalmente no norte do Piauí e no noroeste do Ceará.
As temperaturas tendem a ficar mais elevadas em “grande parte” do Norte, interior do Nordeste e em alguns pontos da parte central do Brasil.
“Os primeiros episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul podem ocorrer durante a primavera, com chuvas no Sudeste e Centro-Oeste e nos estados do Acre e Rondônia”, detalha o instituto.
Segundo o Inmetro, na Região Sul, são esperados episódios de complexos convectivos de mesoescala, o que pode resultar em chuvas fortes, rajadas de vento, descargas atmosféricas e eventual granizo.
“Vale lembrar que, com o crescente aumento das chuvas em grande parte do país, nesta época do ano, dá-se início o plantio das principais culturas de verão”, acrescenta o Inmet.
Confira a previsão do tempo para a primavera em cada região do Brasil:
Sudeste
O contraste térmico entre porção oceânica na costa do Sul do Brasil e a região costeira do Uruguai e da Argentina farão com que as frentes frias avancem pelo Sudeste. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão para os próximos três meses na região Sudeste é de chuvas acima da média. Porém, no sul de São Paulo, a previsão é de chuvas moderadas e abaixo da média.
A massa de ar frio deve impactar também as áreas próximas ao litoral, atingindo o sul e o leste de São Paulo, todo o estado do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, parte do Sul e da Zona da Mata Mineira.
Sul
Na região Sul, segundo o Climatempo, a combinação do fenômeno La Niña, com a rápida passagem das frentes frias e a tendência de menos formação de sistemas convectivos de mesoescala vai reduzir as condições para chuva.
Mesmo assim, o Inmet alerta para possíveis episódios de rajadas de vento, descargas atmosféricas e eventual granizo.
Nordeste
De acordo com o Climatempo, as frentes frias não devem ter grande influência no Nordeste. Sem condições favoráveis para a formação de sistemas convectivos de mesoescala, é pouco provável que haja formação de grandes temporais, mas pancadas de chuva podem se formar no sul do Maranhão, sul do Piauí e do oeste da Bahia.
Centro-Oeste
Não há previsão de temporais com grandes volumes de chuva na região Centro-Oeste.
No entanto, com o decorrer da primavera, o aumento gradual da disponibilidade de umidade e de calor facilita a formação de fortes pancadas de chuva com rajadas de vento, raios e queda de granizo durante as tardes e noites. Eventualmente, poderá ocorrer entrada de ar frio de origem polar em Mato Grosso do Sul.
Norte
A influência de frentes frias não será grande, mas a partir de novembro, algumas delas devem chegar ao país, ajudando a formar corredores de umidade na região Norte, causando longos períodos de precipitação em áreas do Pará.
Ainda segundo o Climatempo, em dezembro, haverá volume de chuva um pouco acima da média no leste do Amazonas, no centro-oeste do Pará e no extremo sul do Tocantins.
Fonte: Agência Brasil / UOL