Prefeito de Muriaé pede que Ministério Público faça vistoria em barragens da região
A tragédia de Mariana chamou a atenção de autoriadades municipais e estaduais quanto a situação das barragens de mineração em Minas Gerais.
Segundo levantamentos do jornal Estado de Minas, das 317 represas de contenção de rejeitos conhecidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, 95 não constam Plano Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) do departamento, sendo assim passaram por fiscalização. De acordo com a Fundação Ambiental do Meio Ambiente, pelo menos 42 barragens no estado não têm estabilidade garantida. Há ainda o problema de barragens que foram desativadas e estão abandonadas e ainda podem provocar danos ao meio ambiente.
Em 2007, o rompimento de uma barragem em Miraí provocou diversos danos ambientais na região. Cerca de dois bilhões de rejeitos foram lançados no Rio Fubá, que deságua no Rio Muriaé, e comprometeu o abastecimento de água nas cidades de Muriaé, Laje do Muriaé e Itaperuna. Na época, a inundação atingiu cerca de 400 casas e comércios e deixou aproximadamente duas mil pessoas desalojadas e desabrigadas.
Preocupado com a possibilidade de uma nova tragédia, o prefeito de Muriaé, Aloysio Aquino, encaminhou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) uma solicitação para serviços de inspeção nas barragens existentes na região. “Temos na região uma grande barragem e precisamos de uma fiscalização para garantir que não teremos nenhum problema futuro”, disse.
Aloysio Aquino ressaltou que não há nenhum problema nas barragens da região. “A vistoria é necessária até mesmo para tranquilizar a população, queremos prevenir o que aconteceu em 2007”, afirmou.
Fonte: Guia Muriaé