Confira cinco novos golpes que podem hackear seu WhatsApp
Diferentes modalidades permitem que criminosos entrem na conta do aplicativo, peguem informações pessoais e peçam dinheiro aos contatos mais próximos
Em 2025, os golpes no WhatsApp continuam a ser uma das práticas criminosas mais comuns no ambiente virtual. Os cibercriminosos encontram formas cada vez mais sofisticadas para hackear contas do aplicativo de mensagens, com o objetivo de se passar pelas vítimas e pedir dinheiro a seus contatos. Segundo especialistas em segurança digital, a maioria desses golpes é realizada por meio da chamada “engenharia social” – técnica que utiliza histórias falsas para induzir a vítima a fornecer informações pessoais sensíveis.
Um dos golpes mais recorrentes é o uso de QR Codes falsos. Os criminosos induzem a vítima a escanear um código apócrifo, permitindo que eles acessem parcialmente a conta do WhatsApp. Essa modalidade, conhecida como “WhatsApp Spoofing”, permite que os golpistas enviem mensagens em nome da vítima sem que esta perca totalmente o acesso à conta. Segundo Fabiana Ramírez Cuenca, pesquisadora da ESET América Latina, o ataque geralmente passa despercebido, já que o acesso ao WhatsApp Web ou desktop permanece ativo para a vítima.
Outro golpe que tem feito vítimas é o do suporte falso do WhatsApp. Os criminosos enviam mensagens fingindo ser do suporte técnico do aplicativo e solicitam que o usuário confirme seus dados pessoais. Nesses casos, os golpistas se apresentam como “Suporte WhatsApp” e incluem links aparentemente oficiais para ganhar a confiança da vítima. Contudo, a conta oficial do WhatsApp não permite respostas, o que pode ser um sinal de alerta para identificar a fraude.
Outra tática comum é a “mensagem institucional”, em que os golpistas se passam por uma instituição conhecida, como um banco ou o Governo, para enganar as vítimas. Geralmente, a mensagem vem acompanhada de um tom de urgência, como um erro em uma transação bancária ou uma tentativa de golpe, o que pode gerar ansiedade na vítima e fazer com que ela baixe a guarda.
Além das mensagens, os criminosos também têm utilizado chamadas telefônicas para aplicar golpes, tática conhecida como “vishing”. Durante a ligação, os golpistas criam um clima de ameaça ou urgência para obter informações confidenciais da vítima. Recentemente, essa modalidade ganhou uma nova dimensão com o uso de inteligência artificial (IA). Com ferramentas capazes de clonar vozes e chatbots modernos, os criminosos conseguem criar conversas mais convincentes e personalizadas, aumentando a eficácia do golpe.
Uma das fraudes que tem se tornado mais frequente é a “oferta de emprego do exterior”. Os golpistas entram em contato com a vítima oferecendo uma proposta de trabalho, geralmente usando números com prefixos internacionais, como +62 (Indonésia), +91 (Índia) ou +234 (Nigéria). Inicialmente, eles pagam pequenas quantias para ganhar a confiança da vítima, mas posteriormente solicitam que ela transfira dinheiro para uma conta bancária falsa, prometendo uma comissão que nunca chega.
Para evitar ser vítima desses golpes, especialistas recomendam algumas medidas de segurança. É fundamental estar atento a mensagens recebidas no WhatsApp e evitar clicar em links desconhecidos ou escanear QR Codes de terceiros sem antes confirmar sua origem. Além disso, os usuários devem revisar regularmente as sessões ativas do WhatsApp e encerrar qualquer atividade suspeita.
Outra medida eficaz é ativar a verificação em duas etapas, que adiciona uma camada extra de segurança ao aplicativo. Com essa funcionalidade, o WhatsApp exige um código PIN secreto de seis dígitos sempre que a conta for registrada em um novo dispositivo. Dessa forma, mesmo que um criminoso tenha acesso ao código de verificação enviado por SMS, ele não conseguirá acessar a conta sem o PIN.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Globo
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