Exposição de réplicas de Portinari entra em cartaz em Muriaé
“Daqui fiquei vendo a minha terra (…). Vou pintar aquela gente com aquela roupa e com aquela cor”. Esta foi a decisão de Cândido Portinari, aos 25 anos de idade e, desde então, até o fim de sua vida, ele se dedicou a cumpri-la. Pintou crianças brincando, trabalhadores do café e da cana, retirantes, caboclos, expressões de religiosidade, fatos históricos, sendo reconhecido como gênio em uma geração repleta deles.
O artista, que nasceu em 30 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki, no estado de São Paulo, deixou mais de cinco mil obras – um acervo único sobre o Brasil, disperso em coleções em vários países. Há mais de 20 anos, localizá-las, autenticá-las e registrá-las tem sido a principal atividade do “Projeto Portinari”, que apresenta, em Muriaé, a exposição de réplicas “O Brasil de Portinari”, em cartaz na Galeria Mônica Botelho, no Grande Hotel.
As réplicas – entre elas, Futebol”, “Denise a cavalo”, “Chorinho”, “A Primeira Missa”, “Os meninos de Brodowski” – foram feitas por um processo digital, com peças emolduradas seguindo o padrão que o artista adotava. Somada a isso, a impressão de altíssima definição das peças garante grande fidelidade aos originais, quadros que, dificilmente, poderiam ser apreciados pelo público em geral, pois se encontram em coleções particulares e de acesso restrito.
Ao todo, 32 peças poderão ser conferidas em Muriaé até o dia 21 de junho, de segunda a sexta-feira, no horário de 08h às 11h e de 13h às 17h; e, aos sábados, entre 08h e meio dia. A entrada é franca. Também é possível agendar visitas monitoradas para grupos pelo telefone (32) 3729-1059.
Fonte: Circuito Cultural GHM