Febre Amarela provoca mortes em Minas Gerais
A Prefeitura de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, confirmou a primeira morte por febre amarela no município. A vítima, um homem de 48 anos, foi identificada após a intensificação das ações de vacinação, que vêm ocorrendo desde o início do mês, inclusive por meio de campanhas porta a porta.
Após o registro do óbito, o executivo municipal emitiu novo alerta para a população, orientando que verifiquem seus cartões de vacina e compareçam às unidades de saúde mais próximas para receber a imunização. A medida reforça a importância da vacinação como principal forma de prevenção contra a doença.
Casos em Minas Gerais
Além do ocorrido em Pouso Alegre, Minas Gerais registrou outra morte por febre amarela. No dia 4 de fevereiro, o primeiro óbito do Estado foi confirmado em Extrema, no Sul de Minas.
A vítima, morador de Bragança Paulista, que se deslocava diariamente para a cidade de Extrema, teve o diagnóstico confirmado em 31 de janeiro. As investigações sobre esse caso prosseguem, e a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) permanece em alerta diante do aumento na transmissão do vírus.
Entendendo a Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda transmitida pela picada de mosquitos. No ciclo urbano, o vírus é disseminado pelo Aedes aegypti – mesmo transmissor de dengue, zika e chikungunya –, enquanto, no ciclo silvestre, os gêneros Haemagogus e Sabethes são os principais vetores.
Embora não haja transmissão direta de pessoa para pessoa, a circulação do vírus pelos mosquitos pode causar surtos, e entre 20% e 50% dos casos graves podem resultar em óbito, segundo dados do Ministério da Saúde.
A Importância da Vacinação
A vacinação continua sendo a ferramenta mais eficaz contra a febre amarela. Desde abril de 2017, o esquema vacinal adotado pelo Brasil prevê uma única dose vitalícia, administrada gratuitamente nos postos do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a cobertura vacinal em Minas Gerais está em 86,30%, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização.
O imunizante também integra o Calendário Nacional de Vacinação da Criança, com recomendação de aplicação aos 9 meses de idade e um reforço aos 4 anos. Para os adultos não vacinados, é indicada uma dose única, sendo necessário reforço apenas se a primeira vacinação ocorreu antes dos 5 anos de idade.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo