Febre oropouche: chega a quase 300 o número de casos em MG
Os sintomas da enfermidade são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, como dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e diarreia
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) divulgou nesta quarta-feira (8) que o número de casos confirmados de febre oropouche no estado subiu para 283. O município de Joanésia, na região do Vale do Aço, concentra o maior número de diagnósticos positivos, com 140 pessoas infectadas.
A febre oropouche é causada por um arbovírus, transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, e pelo pernilongo (Culex quinquefasciatus). Os sintomas são semelhantes aos da dengue e da chikungunya, incluindo dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, náuseas e diarreia.
Casos registrados por município
* 140 casos em Joanésia
* 85 casos em Piau
* 30 casos em Coronel Fabriciano
* 15 casos em Timóteo
* 3 casos em Ipatinga
* 3 caso em Coronel Pacheco
* 1 caso em Congonhas
* 1 caso em Coroaci
* 1 caso em Gonzaga
* 1 caso em Bom Jardim de Minas
* 1 caso em Juiz de Fora
* 1 caso em Rio Novo
* 1 caso em Tabuleiro
Ciclos de transmissão
A febre oropouche pode ser transmitida por dois ciclos diferentes:
- Ciclo Silvestre: O vírus circula entre animais silvestres, como bichos-preguiça e macacos, e é transmitido por mosquitos que vivem em áreas de mata.
- Ciclo Urbano: Nesse ciclo, humanos tornam-se os principais hospedeiros do vírus, sendo picados por mosquitos infectados em áreas urbanas.
O mosquito Culicoides paraensis é o principal vetor em ambos os ciclos, mas o Culex quinquefasciatus, comum em ambientes urbanos, também pode transmitir a doença.
Tratamento e Prevenção
Não há tratamento específico para a febre oropouche. O manejo da doença é feito com tratamento sintomático, repouso e acompanhamento médico.
Para prevenir a transmissão, as autoridades de saúde recomendam:
- Evitar áreas com alta presença de mosquitos.
- Utilizar roupas que cubram o corpo e repelente nas áreas expostas.
- Instalar telas de malha fina em portas e janelas.
- Manter o ambiente limpo, eliminando possíveis criadouros de mosquitos, como água parada, folhas e frutos acumulados.
Em regiões com casos confirmados, é importante que a população siga as orientações das autoridades de saúde para reduzir o risco de novas infecções.
A SES-MG reforça que, em caso de sintomas suspeitos, é fundamental buscar atendimento médico imediato e informar sobre qualquer exposição potencial ao vírus.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempó