Governo federal enfrenta greves em série e população é quem “paga o pato”
O governo federal enfrenta uma série de greves no funcionalismo público federal, das mais variadas categorias. Os protestos são por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A mobilização é a maior dos últimos sete anos.
Depois dos professores e técnicos administrativos das universidades federais, que estão há quase três meses de braços cruzados, o Brasil assiste a uma onda de protestos que tem parado importantes serviços. Nesta semana, a greve em órgãos federais se alastrou por pelo menos 38 categorias. Em Minas, o impacto do movimento é sentido principalmente na educação e nos serviços da Polícia Federal (PF) e da Rodoviária Federal (PRF). Profissionais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) também estão parados.
Segundo os sindicatos, pelo menos 300 mil dos 573 mil no país aderiram às paralisações em série. As manifestações acontecem com suspensão completa dos serviços e também com paralisações-relâmpago e operações-padrão.
A avaliação das categorias é de que o movimento vem ampliando e, assim, aumentam os prejuízos do cidadão comum, que depende dos serviços. “Em ano eleitoral, a situação se complica mais”, analisou o cientista Guaracy Mingard.
Acuado pela greve dos servidores federais, governo admite negociar, sinalizando que vai atender a pelo menos parte das reivindicações.
Fonte: O Tempo