Jovem sem filhos é preso injustamente por atraso de pensão
Gustavo Ferreira, de 20 anos, foi vítima de um grave erro judiciário ao ser preso injustamente sob a acusação de não pagar pensão alimentícia.
O jovem, que não possui filhos, foi detido em uma situação constrangedora e só foi solto na quarta-feira (29), após passar por uma audiência de custódia. Em menos de 24 horas após a audiência, o juiz responsável pelo caso relaxou a prisão e determinou a apuração de possível fraude, oficiando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar o ocorrido.
O equívoco identificado
O erro foi diagnosticado pela Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) durante a entrevista prévia à audiência de custódia. Durante o processo, Gustavo foi assistido por um advogado particular, que solicitou ao juízo providências urgentes para verificar a irregularidade do mandado de prisão. A análise revelou inconsistências graves no documento expedido: o mandado havia sido emitido pela Vara de Execução Penal de Minas Gerais , mas vinculado a um número de processo pertencente ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo , onde o caso supostamente teria origem.
A confusão expôs falhas preocupantes no sistema de comunicação entre tribunais de diferentes estados e na validação dos dados antes da expedição de ordens judiciais. Além disso, o fato de Gustavo não possuir filhos reforça a gravidade do erro, já que a acusação de inadimplência de pensão alimentícia sequer deveria existir.
Repercussão do caso
Após a constatação do equívoco, o juiz responsável pela audiência de custódia decidiu relaxar a prisão imediatamente. No entanto, o magistrado também encaminhou o caso ao CNJ para investigar as circunstâncias que levaram ao erro e propor medidas para evitar situações semelhantes no futuro.
Fonte: Guia Muriaé, com informações da CNN