Corpo de fotógrafo mineiro que desapareceu na França é encontrado em rio
Segundo amigos, polícia francesa trabalha com a hipótese de que a morte foi ocasionada por afogamento, sem sinais de violência.
O corpo do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Souza, de 36 anos, foi localizado no Rio Sena, na região metropolitana de Paris, na França, no último sábado (4).
A confirmação do falecimento foi feita pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) nesta quinta-feira (9). O brasileiro estava desaparecido desde 26 de novembro de 2024.
De acordo com informações preliminares fornecidas por amigos da vítima, a principal linha de investigação da polícia francesa aponta para afogamento, sem indícios de violência. Contudo, até o momento, não há detalhes sobre as circunstâncias que levaram ao incidente ou o estado de conservação do corpo.
Em dezembro de 2024, autoridades locais realizaram buscas em necrotérios e hospitais da região parisiense. As bagagens de Flávio foram submetidas a análise por um representante da Polícia Federal brasileira que atua no país europeu. Familiares e amigos mobilizaram-se em campanhas para obter informações sobre o paradeiro do fotógrafo.
O Itamaraty informou, por meio de nota oficial, que o Consulado-Geral do Brasil em Paris recebeu a notícia da morte e tem prestado assistência à família do falecido. “O Consulado permanece à disposição para apoiar os parentes e providenciar o que for necessário”, destacou o comunicado.
Perfil do Fotógrafo
Natural de Belo Horizonte, Flávio de Castro Souza era um profissional dedicado à fotografia analógica e frequentemente viajava à França para projetos profissionais. Formado em artes plásticas pela Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), ele era sócio da Toujours Fotografia, junto ao parceiro Lucien Esteban.
Nas redes sociais, o mineiro se apresentava como Flávio Carrilho e costumava compartilhar imagens de pontos turísticos de Paris, como a Catedral de Notre-Dame, o Museu do Louvre e a Pont Neuf. Sua última publicação ocorreu em 25 de novembro, um dia antes de seu desaparecimento.
Desaparecimento e Investigação
Flávio desapareceu em 26 de novembro, data em que estava previsto seu retorno ao Brasil. Ele foi visto pela última vez em um apartamento alugado na Rue des Reculettes, na capital francesa. Apesar de ter realizado o check-in no voo de volta, ele não chegou a embarcar.
Segundo um amigo próximo, o fotógrafo enviou uma mensagem informando que havia sofrido um acidente e buscado atendimento médico no Hôpital Européen Georges-Pompidou. “O problema é que meu voo para o Brasil sai daqui a algumas horas e fiquei preso no hospital até que um médico venha me examinar”, relatou em uma mensagem.
Após ser liberado, Flávio teria retornado ao apartamento alugado para tentar prolongar a estadia, mas não fez mais contato. Seus pertences, incluindo o passaporte, foram retirados do imóvel por um amigo francês.
Na madrugada de 28 de novembro, a mãe do fotógrafo ligou insistentemente para o celular do filho, que acabou sendo atendido por um funcionário de restaurante. O aparelho foi encontrado dentro de um vaso de plantas, na porta do estabelecimento, no início da manhã do dia 27.
A família acionou a embaixada brasileira em Paris, que solicitou à Interpol a emissão de um alerta para ajudar nas buscas e pediu às autoridades francesas uma investigação detalhada sobre o caso.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1