SEO conversacional é a nova ferramenta do marketing digital
Tendência para 2025, a prática adapta estratégias para buscas por voz e linguagem natural.
As estratégias de marketing digital evoluem constantemente e, em 2025, o SEO conversacional promete se consolidar entre as principais tendências. Segundo dados do Think With Google, 27% da população já utiliza pesquisas por voz em dispositivos móveis, e um estudo da PWC aponta que 71% dos consumidores preferem realizar buscas por voz em vez de digitar.
Impulsionada pela popularização de assistentes virtuais como Alexa, Siri e Google Assistant, essa abordagem de otimização para motores de busca (SEO) adapta estratégias tradicionais para atender às mudanças no comportamento dos usuários, que interagem com a tecnologia por meio de consultas em linguagem natural e contextual.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) destaca que as empresas devem preparar seus sites, lojas e otimizações para comandos por texto e por voz. Diferentemente das buscas tradicionais, nas quais os usuários tendem a utilizar termos curtos e objetivos, a pesquisa conversacional reflete a maneira como as pessoas falam, normalmente formulando perguntas mais completas.
Segundo a CEO da Experta, Flávia Crizanto, o aumento no uso de assistentes de voz representa uma mudança importante no SEO. “É fundamental ajustar as estratégias às buscas mais conversacionais, otimizando o conteúdo para consultas em linguagem natural, com foco em frases longas e perguntas que atendam diretamente às intenções dos usuários”, afirma.
Crizanto recomenda, ao escrever um texto para o blog de uma empresa ou pensar em melhores termos para conquistar backlinks de qualidade, usar palavras-chave de cauda longa, que consistem em frases curtas e refletem a maneira como costumamos nos expressar.
Em vez de usar termos genéricos como “tênis barato”, por exemplo, a recomendação seria otimizar o conteúdo para frases mais específicas, como “onde comprar tênis de barato”, adaptando para uma linguagem mais falada.
Ao seguir essa estratégia, maiores são as chances de um conteúdo se destacar em featured snippets, os chamados trechos em destaque. Essas caixas de respostas rápidas aparecem no topo dos resultados do Google ou destacados ao longo da SERP e são frequentemente lidas por assistentes de voz. Criar conteúdos claros e bem estruturados em formato de perguntas e respostas aumenta as chances de um site ser destacado nessas posições.
Quando um negócio aparece nas primeiras posições do Google, do Bing ou de outros buscadores, há maior probabilidade de atrair visitantes, conforme explica Crizanto. Por isso, um trabalho estratégico de linkagem, otimizado para o SEO conversacional e feito por uma agência de link building ou profissionais especializados pode ajudar a conquistar autoridade e gerar tráfego orgânico.
Inteligência artificial impacta os resultados de pesquisa
A inteligência artificial (IA) também está moldando como os buscadores apresentam seus resultados. Ferramentas como o ChatGPT e a Search Generative Experience (SGE), desenvolvida pelo Google, transformam a experiência do usuário ao oferecer respostas mais completas e contextualizadas no topo da primeira página.
A SGE, por exemplo, utiliza IA generativa para entregar informações personalizadas e evolui continuamente com base nos dados dos usuários. O Google explica que esse recurso elimina mais trabalho de pesquisa, possibilitando que usuário entenda um tópico com maior velocidade, descubra novas perspectivas e realize tarefas mais facilmente.
Segundo o Ahrefs, a tecnologia da IA e de machine learning é o que permite que assistentes virtuais, como Siri e Alexa, aprendam com os humanos e se aprimorem. Essa evolução torna o SEO técnico mais relevante, já que profissionais precisam otimizar sites para atender tanto às consultas por voz quanto às novas exigências dos algoritmos.
É possível perceber o impacto dessas mudanças no comportamento dos usuários. Um exemplo é que, após a introdução de sua interface de IA, o Bing registrou um aumento de 15,8% nas visitas à plataforma, enquanto o Google viu uma queda de quase 1% nesse período, de acordo com dados da Reuters.