Mais uma modalidade de crime: saiba como funciona o ‘golpe da chamada de vídeo’
Vítima atende e tem o rosto 'printado' pelo golpista, que mostra suas partes íntimas. Ela é ameaçada da divulgação da imagem
Como se os golpes já conhecidos, como os do amor, fruta e Pix, não fossem suficientes, uma nova modalidade criminosa está em ascensão no Brasil: o “golpe da chamada de vídeo”. Essa prática criminosa explora a vulnerabilidade das vítimas por meio de chantagem, visando a extorsão de dinheiro.
O golpe da chamada de vídeo acontece em aplicativos como o WhatsApp é surpreendentemente rápido e eficaz. Os criminosos utilizam apenas uma chamada de vídeo para iniciar o processo de chantagem, exigindo quantias substanciais em dinheiro. O procedimento é iniciado quando a vítima atende a chamada e, do outro lado da linha, o golpista já está preparado para mostrar imagens íntimas.
Assim que o rosto da vítima aparece na tela, juntamente com as imagens comprometedoras, o golpista tira um print e registra o momento. Após encerrar a ligação, o criminoso ameaça publicar as fotos na internet caso a vítima não pague a quantia exigida.
Luana Pinheiro Monteiro, uma estudante de direito, relatou uma experiência assustadora com um golpista que tentou fazer chamadas de vídeo durante semanas, enviando fotos de caráter sexual. Porém, ela teve a precaução de não atender as chamadas e bloqueou o contato. Luana comenta: “Eu fiquei preocupada. Por mais que você não esteja fazendo nada, no momento em que você atender a ligação ele vai usar a sua imagem como uma forma de provar que você estava participando do ato.”
O advogado especializado em crimes cibernéticos, Luiz Augusto D’Urso, ressalta que os valores exigidos pelos golpistas podem variar, dependendo do perfil da vítima. “No início, pede-se R$ 1.000 ou R$ 2.000, mas esse valor pode ser muito maior quando se trata de alguém famoso ou conhecido. Infelizmente, quando a vítima cede à extorsão, a situação se agrava”, explica.
Para se proteger contra esse tipo de golpe, D’Urso aconselha que as pessoas não atendam chamadas de vídeo de números desconhecidos. Uma medida preventiva adicional é cobrir a câmera do celular para evitar que o rosto seja capturado durante a chamada.
A conscientização e a prevenção são essenciais para proteger as pessoas contra essas ameaças online cada vez mais sofisticadas.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do R7