Penitenciária em Muriaé é alvo de operação especial contra o crime organizado em MG
Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado fez inspeção meticulosa e recolheu anotações suspeitas de presos
Foram realizados diversos procedimentos de segurança, inspeções manuais e revistas gerais em todas as celas que abrigam presos ligados a grupos criminosos. Após a vistoria meticulosa, foi confirmado que não havia nenhuma substância ilícita ou dispositivo eletrônico dentro dos pavilhões. No entanto, anotações suspeitas feitas pelos detentos foram encontradas pelos policiais penais e serão investigadas.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, explica que este tipo de operação deverá acontecer regularmente em todas as penitenciárias e presídios de Minas Gerais. “Nosso objetivo é sempre fiscalizar e evitar a todo custo que a criminalidade aconteça também dentro do sistema prisional. Operações como essa, somadas ao trabalho de prevenção e de fiscalização, vão nos trazer sucesso nesse sentido”, reforçou.
A ação envolveu servidores da Superintendência de Informação de Inteligência do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), da Agência Central de Inteligência da Sejusp, do Comando de Operações Especiais (COPE) – grupamento especializado da Polícia Penal – e demais policiais penais da unidade. As anotações recolhidas serão encaminhadas ao Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado, parceria recém-criada pela Sejusp e pela Polícia Civil para enfrentamento às facções criminosas atuantes em Minas Gerais.
A Polícia Penal de Minas Gerais, representada pelo diretor-geral Leonardo Badaró, que acompanhou de perto a operação junto à sua equipe, realiza revistas em unidades prisionais diariamente. Contudo, as revistas “pente-fino” em todas as celas de uma unidade, de uma única vez, envolvem um aparato maior de equipamentos bem como de policiais penais, como foi a desta manhã, com início às 5h, antes mesmo do amanhecer. Para Badaró, “a constância dessas operações demonstra o compromisso com a segurança pública e o compromisso em desarticular qualquer atividade ilegal dentro das unidades”.
O diretor-geral da Agência Central de Inteligência da Sejusp, Murillo Ribeiro de Lima, frisou que a operação foi mais uma das ações estratégicas adotadas pela secretaria para enfrentar a atuação das facções criminosas. “A cooperação entre as agências de inteligência e as equipes operacionais está refletindo no aprimoramento dos procedimentos de segurança, no acompanhamento e isolamento de lideranças e nas estratégias de desarticulação dos grupos que atuam dentro e fora dos presídios. Prova disso é que ilícitos não foram encontrados, e as anotações arrecadadas servirão para a continuidade dos trabalhos”, explicou.
Fonte: SEJUSP