Polícia Civil esclarece assassinato de PM que fazia escolta de ex-governador
A equipe de policiais civis da 2ª Delegacia Sul, coordenada pelo delegado Júlio Zica, em parceria com a Polícia Militar, apurou a autoria do assassinato do sargento da PM, Fábio Tadeu da Cunha, que foi baleado durante uma tentativa de assalto, em 29 de julho, quando manobrava o carro do ex-governador Alberto Pinto Coelho, no bairro Gutierrez. Os suspeitos Márcio David Silva, mais conhecido como Tuzinho, e Roberto Carlos Nunes de Souza, o Betinho, confessaram o crime. Eles serão indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte), venda de arma e porte ilegal de arma. Se condenados, podem pegar entre 30 e 50 anos de prisão.
De acordo com as investigações, no dia do crime a vítima não estava fardada e manobrava o carro do político, na garagem do Partido Progressista, quando foi abordada pela dupla. O militar tentou se defender e os suspeitos o feriram com um tiro na barriga, utilizando sua própria arma, uma pistola calibre .40. Ele foi socorrido para o Hospital João XXIII, mas não resistiu e morreu no dia 15 de agosto.
O delegado Júlio Zica, responsável pelas investigações, contou como os suspeitos agiram. “Depois do conflito com o policial militar, Márcio David e Roberto ainda roubaram um veículo nas imediações e fugiram. A intenção da dupla era roubar o carro em que a vítima estava e, posteriormente, realizar outro assalto, no bairro Buritis”, explicou.
O crime foi flagrado por câmeras de segurança instaladas nas imediações da sede do partido, o que levou a Polícia Civil a identificar, no dia 11 de agosto, Márcio David. De acordo com o delegado, ele havia sido preso em virtude de outro roubo à mão armada, ocorrido no bairro Dom Bosco, na região Noroeste da capital. “No dia de sua prisão, Márcio David foi interrogado e confessou sua participação no homicídio. Nós conseguimos comprovar os fatos, por meio de levantamentos e cruzamentos de dados”, destacou Júlio Zica.
Em seu depoimento, Márcio informou ainda o apelido do outro envolvido no crime, o que possibilitou que, no dia 22 de agosto, após diligências nas imediações do bairro Gameleira, na região Oeste de Belo Horizonte, Roberto Carlos foi preso. Ao ser ouvido pelos policiais, Roberto também assumiu a participação no crime, confessando, inclusive, ser o autor do disparo que vitimou o sargento.
Com antecedentes criminais por roubo a banco e tráfico de drogas, Márcio David foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Contagem. Já Roberto, que tinha passagem pela polícia por roubo e formação de quadrilha, está no Presídio de Bicas I.
Fonte: PCMG