Advogada diz que hospital teria escondido da mãe que bebê teve cabeça arrancada
Após o ocorrido, mulher foi sedada e acordou com o bebê com a cabeça costurada e os pontos cobertos pela roupinha e lenço; “não tire a roupinha", pediu a equipe
Um bebê teve a cabeça arrancada durante o parto no Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte.
A mãe, Ranielly Coelho, de 34 anos, deu entrada no hospital uma semana antes, queixando-se de pressão alta. Ela ficou internada até a indução do parto, na madrugada de domingo para segunda, 1º de maio. A equipe da maternidade já conhecia seu caso, uma vez que ela estava grávida de sete meses e já havia tido um parto por fórceps (instrumento obstétrico usado para facilitar a expulsão do feto do canal vaginal no momento do parto) há nove anos.
A família pediu por uma cesariana, mas a equipe médica insistiu no parto induzido, e quando a situação piorou, a equipe fez força para retirar o bebê, arrancando sua cabeça. Cerca de duas horas depois, quando a mãe acordou, lhe entregaram o bebê com a cabeça costurada, com roupinha e um lencinho no pescoço. A avó da criança, ao notar um fio no pescoço do bebê, identificou a farsa e denunciou o ocorrido.
A médica responsável pelo parto pediu desculpas mais tarde naquele dia. O bebê só foi liberado para sepultamento após a intervenção da Polícia Civil de Minas Gerais e da advogada da família, Jennifer Valente. Até o momento, o laudo ainda não foi concluído. Ranielly, bastante abalada, precisará de acompanhamento psicológico.
A Polícia Civil confirmou que instaurou um inquérito para apurar as “causas e circunstâncias” do ocorrido. “A PCMG esclarece que procedimentos estão sendo realizados com o intuito de elucidar o caso. Tão logo seja possível, outras informações serão divulgadas”.
Fonte: Guia Muraé, com informações do Jornal O empo