Aluno sente fome, surta e ameaça ataque a professores com tesoura
Uma servidora contou que o episódio ocorreu durante uma atividade educacional que estava sendo realizada na praça de Esportes
Um incidente envolvendo um estudante da Escola Estadual Paula Rocha, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, gerou grande preocupação na comunidade escolar nesta quinta-feira (24).
O aluno, em meio a um surto, ameaçou professores utilizando uma tesoura após ter seu pedido para merendar fora do horário estipulado negado. O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), conforme informou a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG).
De acordo com o relato de uma servidora da instituição, o episódio aconteceu durante uma atividade esportiva que estava sendo realizada na praça de Esportes da escola, parte dos jogos interclasses. “A equipe chegou com a merenda e o aluno quis pegá-la antes do horário permitido, o que foi recusado. Ele, então, jogou toda a comida no chão e começou a ameaçar os professores”, descreveu a profissional, que preferiu manter o anonimato.
Após o ocorrido, o estudante pegou uma tesoura, furou uma bola e quebrou os óculos de um dos professores. O episódio gerou pânico entre os demais alunos, alguns dos quais sofreram crises de ansiedade, levando diversos pais a retirarem seus filhos da escola antes do fim do turno.
O clima na escola, segundo a servidora, é de apreensão constante. “Esse aluno costumava estudar no turno da tarde, mas foi transferido para o período da manhã devido a comportamentos problemáticos. No entanto, a situação não melhorou. A família afirma que ele é autista, mas nunca apresentou um laudo médico. Se tivesse, ele teria direito a um professor de apoio. O medo é geral, tanto entre os professores quanto entre os alunos”, relatou a funcionária.
Os profissionais da instituição estão preocupados com a possibilidade de novas agressões. “Hoje ele cortou a mochila de um colega, e já houve outros episódios de agressividade. Estamos todos muito assustados”, destacou a servidora.
A Polícia Militar foi acionada e registrou a ocorrência, mas não houve relatos de feridos.
Posicionamento da SEE-MG
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais emitiu uma nota oficial sobre o caso, na qual destaca que, “felizmente, ninguém se feriu durante o incidente”. A SEE-MG também informou que o Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por psicólogos e assistentes sociais da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana A, está acompanhando a situação, garantindo o apoio necessário aos envolvidos.
O caso segue sob análise do Conselho Tutelar e do MPMG, que avaliarão as medidas adequadas em relação à saúde e ao bem-estar do aluno envolvido no incidente.
Nota da SEE-MG na íntegra
“Sobre o ocorrido na Escola Estadual Paula Rocha, em Sabará, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) esclarece que um estudante da unidade enfrentou um episódio de intensa agitação nesta quinta-feira (24/10), o qual foi prontamente contido. Felizmente, ninguém se feriu durante o incidente.
Os envolvidos registraram um Boletim de Ocorrência na Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). O caso está sendo acompanhado de perto pelo Conselho Tutelar e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a fim de que os responsáveis adotem as devidas providências em relação à saúde e ao bem-estar do estudante.
O Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE), composto por psicólogos e assistentes sociais da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana A, responsável pela coordenação da escola, também está monitorando a situação de perto, garantindo o apoio necessário aos envolvidos.”
O incidente reforça a necessidade de atenção e suporte nas instituições de ensino para lidar com comportamentos de risco e garantir a segurança de alunos e profissionais.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo