Anulação de concurso público em Ervália pode ser perseguição
Perseguição política a servidores ligados ao ex-prefeito de Ervália, Edson Rezende, pode ser a causa da impugnação de concurso público realizado no município em 2005 e do processo de anulação em andamento relativo ao certame também em 2011. A denúncia foi apresentada por vereadores e servidores daquela cidade em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada nesta quarta-feira (2).
De acordo com o presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), a sentença proferida pela juíza de direito da comarca de Ervália, Daniele Viana da Silva, contém alegações subjetivas, contraditórias e inverídicas, o que comprovaria as razões politicas da impugnação. O parlamentar citou nominalmente os aprovados que teriam ligações familiares com o ex-prefeito, sendo que a maior parte deles sequer tomou posse ou pediu exoneração.
Outro ponto que causou indignação em Durval Ângelo é o fato da juíza ter alegado que prestadores de serviço da Prefeitura teriam sido aprovados, o que provaria influência do então chefe do executivo municipal no concurso. “Daqui a pouco quem for contratado não vai poder fazer o concurso sob a alegação de influência”, disse. O deputado ainda questionou o fato da sentença mencionar supostas fraudes em provas e gabaritos sem sequem terem sido feitas perícias no material mencionado. “Cerca de 150 servidores estão sendo vítimas de perseguição política do atual prefeito. E o pior, ele tem certeza de que o concurso de 2011 também será impugnado, uma vez que já está realizando processo seletivo para a contratação de temporários para os cargos onde ainda existem concursados”, salientou.
Os vereadores Robson Rodrigo de Freitas, Agostinho Cal de Souza Neto e Jacqueline Rezende relataram a preocupação dos servidores municipais. Segundo eles, a perseguição política imposta pelo atual prefeito tem tornado Ervália uma cidade sem lei. Há casos de pessoas com problemas de saúde por conta do medo de perderem o emprego. “O comércio da cidade está parado. As pessoas estão evitando gastar por nem saber se irão receber o próximo salário”, afirmou Robson Rodrigo.
Fonte: ALMG / Foto: Silvan Alves