Bebê morto após passar mal em creche foi “abandonado” por mais de 1 hora
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu o inquérito policial que apurou as circunstâncias da morte de uma criança de um ano e dois meses, ocorrida no dia 27 de agosto, em creche na região do Barreiro, em Belo Horizonte.
Foram indiciadas, por homicídio culposo, a dona do estabelecimento e as duas funcionárias da creche. O chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, delegado-geral Wagner Sales, destacou o trabalho realizado pela PCMG.
– Com a conclusão do inquérito policial, temos a intenção, além de mostrar o resultado da investigação, demonstrar para as pessoas que atuam nessa área a necessidade de reforçar o cuidado nesse tipo de trabalho, uma vez que são consideradas garantidoras, podendo ser responsabilizadas civil e criminalmente, por suas condutas. É preciso redobrar o dever de cuidado, nesses casos – ressaltou Sales.
A delegada Virginia Salgado e Bittar, que conduziu as investigações, revelou a importância do laudo de necropsia para esclarecer a morte da criança.
– O resultado apontou asfixia por sufocação; comprovou-se a presença de material alimentar nos pulmões. A partir disso, podemos concluir que a vítima morreu em decorrência de aspirar o próprio vômito, o que causou sua asfixia – contou.
Durante as investigações, foram ouvidas diversas testemunhas, como familiares da criança, funcionários da creche e profissionais de saúde responsáveis pelo socorro da criança. A delegada ainda revelou o motivo do indiciamento das suspeitas.
– Foram indiciadas a proprietária da creche e as duas cuidadoras que se revezavam no cuidado das crianças durante o dia todo. Restou configurada a negligência das envolvidas, uma vez que deixaram de cumprir a contento a função a que se destinavam como garantidoras da integridade física, psíquica e moral de todas as crianças daquela creche – concluiu.
A investigação foi realizada pela 2º Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, pertencente ao 1º Departamento de Polícia Civil em BH.
Fonte: PCMG