Cafeicultor celebra maior produção com custo 15% menor em Manhumirim

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A experiência na cafeicultura e a formação como engenheiro agrônomo são grandes aliadas de Francisco Carlos Porcaro na condução do Sítio São Roque, em Manhumirim, na região das Matas de Minas.

Há dois anos, o negócio ganhou o reforço do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte, do Sistema Faemg Senar em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Manhumirim, e as principais mudanças aconteceram na área administrativa.




“Fui cafeicultor a vida toda. Meu avô veio da Itália plantar café em 1891, meu pai foi produtor e comprador de café e eu nasci e sigo no ramo. Busquei o ATeG para focar mais nas anotações, ter um controle melhor dos custos e saber mais sobre o mercado”, contou.

O gerenciamento com atenção detalhada aos custos da produção já mostra um ganho significativo. Segundo o técnico de campo, Claudimar Alcântara, o custo total da atual safra foi cerca de 15% menor, na comparação da safra 2022/2023. “Isso com uma produção por hectare cerca de 80% maior”, afirmou.




Os números são resultado do planejamento elaborado pelo técnico junto ao produtor que foca na diminuição do custo total com manejo adequado de solo e controle de pragas e doenças e aumento da produtividade com o manejo nutricional adequado. “Tudo isso dentro de uma gestão enxuta e eficiente”, explicou Claudimar.

Infraestrutura




A boa gestão financeira tem proporcionado investimentos na infraestrutura da propriedade.

“Houve a aquisição de um novo trator que atenderá melhor às necessidades da propriedade, novo secador, pois com aumento da produção, o atual não será suficiente, melhorias nos armazéns, nas estruturas de pós-colheita (despolpador e terreiro), construção de novos galpões para armazenamento dos fertilizantes, cômodos exclusivos para armazenamento dos defensivos agrícolas, garagem para o trator e instalação do sistema de energia solar”, elencou o técnico de campo, Claudimar.




Capacitação

Sempre em busca de conhecimento, Francisco já fez diversos cursos oferecidos pelo Sistema Faemg Senar em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Manhumirim, o último treinamento foi a Comercialização de Café. “Comercialização é um foco. Temos muitas dúvidas e precisamos buscar essas informações para saber como funciona o mercado e para conseguir o melhor preço”.




Café especial tipo exportação

Francisco produz cafés especiais desde 2016, quando foi um dos 25 melhores no concurso Coffee of the Year, um dos mais importantes do Brasil. O cafeicultor também já ficou entre os melhores em diversas competições municipais e vende os cafés de qualidade superior para cafeteiras mineiras, de Brasília, São Paulo e do Rio de Janeiro.




Além de compradores da região. “Esse ano tenho conseguido maior valor agregado e vendido a saca de café especial de R$1600 a R$1900”, contou Francisco.
Há cerca de um ano a exportação também é uma realidade para o produtor que negocia o café com uma empresa exportadora. 30% da safra 2022/2023 foi para o mercado externo. Este ano, a exportação ficou na faixa de 10 a 15% da produção.

“Sem dúvidas ainda temos um longo caminho a ser percorrido, mas já temos evidências de que estamos no caminho certo”, concluiu o técnico de campo.




Fonte: FAEMG




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