Candidato a prefeito é preso suspeito de participar de perseguição e assassinato de motociclista

Carro de onde os tiros foram disparados era conduzido por Tom Moreira, do PRD, segundo registro policial. Responsável pelos disparos com arma de fogo é um dos seguranças do político de Cipotânea. Vídeos flagraram a perseguição por ruas da cidade.

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Na investigação sobre o assassinato de Thiago de Oliveira Lourenço, 21 anos, baleado na noite da última quinta-feira (3) em Cipotânea, na região dos Campo das Vertentes em Minas Gerais, a Polícia Civil prendeu Welington Thiene, conhecido como Tom Moreira, candidato a prefeito pelo PRD. Ele se entregou às autoridades e foi detido em flagrante.

De acordo com o boletim de ocorrência, no momento do crime, ocorrido na quarta-feira (2), o veículo de onde partiram os disparos estava sendo conduzido por Tom Moreira. O carro, além do candidato, contava com a presença de dois seguranças, que foram localizados em um hotel. Um dos seguranças confessou ser o autor dos disparos e também foi preso.




Vídeos de câmeras de segurança mostram o veículo perseguindo a motocicleta pelas ruas da cidade. A vítima foi socorrida e levada ao hospital local, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O delegado responsável pelo caso, Roberto Montezi, informou que o veículo usado no crime foi encontrado na residência de Tom Moreira. Além disso, uma arma calibre 38 e seis munições foram apreendidas. O candidato chegou a fugir, mas se entregou na noite de quinta-feira e foi encaminhado ao Presídio de Barbacena.




Segundo a defesa de Moreira, o jovem morto teria chutado o carro do candidato, o que teria desencadeado a perseguição.

Motivação política é investigada




O Ministério Público trabalha com a hipótese de que o crime tenha motivação política. De acordo com o Código Eleitoral, candidatos não podem ser presos desde 21 de setembro, exceto em flagrante delito, como foi o caso de Tom Moreira.

Nesta sexta-feira (4), o Ministério Público defendeu a legalidade da prisão. “Se no caso em questão há elementos concretos que indicam a periculosidade do acusado, seja pela gravidade do crime, seja pelo modo de agir, a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública”, afirmou o promotor de Justiça Vinícius de Souza Chaves.




A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou que o candidato foi levado ao Presídio de Barbacena, onde permanece à disposição da Justiça, assim como o segurança que confessou ser o autor dos disparos.

Defesa do candidato




Em nota oficial, a equipe de Tom Moreira lamentou o ocorrido e afirmou que o candidato enfrentou ameaças e perseguição política ao longo da campanha. A nota sugere que o crime possa estar ligado a uma tentativa de desestabilizar a candidatura de Moreira, alegando que o atual prefeito, Robertinho, teria disseminado notícias falsas contra o candidato.

“A justiça ainda irá julgar os fatos, e aguardamos para entender o que realmente ocorreu. Lamentamos profundamente o ocorrido e esperamos que a verdade venha à tona. Somos veementemente contra qualquer forma de violência e acreditamos em uma política pautada no respeito e na transparência”, finaliza o comunicado.




As investigações continuam em andamento, com novas diligências sendo conduzidas pela Polícia Civil para apurar todos os detalhes do caso.

Fonte: Guia Muriaé, com informações do G1




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