Concessão da BR-262 avança e terá obras de duplicação na região
O plano de outorga da concessão da BR-262, divulgado na segunda-feira (10) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), prevê obras de duplicação obrigatórias em quase toda a extensão da rodovia. No trecho de Manhuaçu, que tem 197,5 km, são esperados um grande contorno na cidade, novos trevos em Realeza e a duplicação da rodovia até o fim do contrato, que terá duração de 30 anos.
A BR 262 (trecho no Espírito Santo e em Minas Gerais) será leiloada junto com a BR 381/MG (Belo Horizonte até Governador Valadares. O projeto divide a concessão em três partes para fins de organização e etapas das obras. Uma envolve a capital até o Vale do Rio Doce (BR-381), a outra começa no entroncamento da BR-381/MG (João Monlevade) e segue até Martins Soares (na divisa de MG e ES) e o terceiro segue de Pequiá (ES) até Viana no trevo da BR-101.
O plano de concessão ainda precisa ser aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para que a rodovia vã a leilão.
Manhuaçu
A maior parte das obras só deve começar depois do 16° ano de concessão e terminar no 21° ano. Isso significa que, caso a empresa que vença o leilão comece a atuar já no ano que vem e siga corretamente o cronograma, a duplicação completa da BR 262 só deve ficar pronta em 2042.
Segundo o documento, as obras para ampliar a capacidade da rodovia foram divididas em duas fases: a primeira começa no terceiro ano de concessão e termina no oitavo. A segunda, inicia no 16° e finaliza no 21º.
No primeiro ciclo, está prevista a duplicação de alguns segmentos considerados críticos no projeto. Ele contempla partes no trecho da BR-381, da BR-262/MG e da BR-262/ES.
Em relação a Manhuaçu, no primeiro ciclo, está incluída a construção do Contorno Rodoviário (FOTO ACIMA) para separar o tráfego de longa distância (da rodovia) do tráfego local (urbano). A obra deverá ser executada pela empresa que vencer o leilão entre o 3º e 8º ano seguintes ao contrato.
Conforme os projetos, o contorno possui uma extensão da ordem de 9,74 km, com início no km 31,135 e final no km 39,340 da BR-262/MG.
Em face do relevo transposto ser excessivamente montanhoso, foram previstas duas obras de grande vulto: um túnel de 1.060 m de extensão e dois viadutos sendo um com extensão igual a 620 metros e outro com extensão igual a 60 metros, ambos em pista dupla.
Conforme o mapa constante no projeto, o túnel em Manhuaçu está previsto no trecho próximo ao córrego Sinceridade / bairro Pouso Alegre e os viadutos na região da Ponte da Aldeia. Esses planos podem ser alterados, conforme o edital a partir de projetos futuros da empresa que vencer o leilão.
Pedágio, passarelas e pontos de ônibus
O projeto prevê onze praças de pedágio no três trechos. As mais próximas ficam entre Santo Amaro de Minas e Matipó (km 63, no município de Manhuaçu) e entre Reduto e Martins Soares (km 18).
Entre as melhorias na via, estão previstas sete travessias urbanas em Martins Soares, Realeza, Santo Amaro de Minas, Rio Casca e Abre Campo, várias passarelas, obras de contenção de encostas, correção de traçado da rodovia, vias marginais e pontos de ônibus. A iluminação só será obrigatória nos trechos urbanos.
Realeza
Em Realeza, onde se encontram as rodovias BR-262 e BR-116 há uma proposta de adequações para garantir a circulação na rodovia duplicada e ainda a construção de um novo trevo entre Vilanova e a saída para Santo Amaro de Minas.
O concessionário terá que disponibilizar serviço médico, mecânico, atendimento e inteligência para acionar as viaturas no momento correto. Além disso, na extensão das rodovias serão construídos dois postos de parada de caminhoneiros, sendo um na BR-381/MG (localização estimada KM 355,29) e outro na BR-262 (localização estimada KM 4,500), próximo à divisa entre os estados de MG e ES.
Ao longo do trecho concedido, serão instalados seis postos de pesagem de veículos, sendo dois a cada 250 km de rodovia, um por sentido. Na BR-262, eles estarão entre o trecho do município de João Monlevade (MG) e a divisa com o Espírito Santo.
Fonte: Portal Caparaó