Conta de luz fica mais cara nas cidades atendidas pela CEMIG
A conta de luz já está mais cara nas cidades atendidas pela Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG).
No dia 21 de maio, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou, na reunião da diretoria, o reajuste tarifário para os consumidores da CEMIG.
O reajuste médio para os consumidores de energia elétrica na área de concessão da CEMIG será de 8,73% e passou a valer a partir dessa terça-feira (28). O reajuste para consumidres residenciais será de 6,93% e para empresas varia entre 7,89% (baixa tensão) a 10,71% (alta tensão).
A coordenadora da Assessoria Técnica, do Sistema FAEMG, Aline Veloso, participou da reunião na ANEEL, representando o Conselho de Consumidores da CEMIG e em defesa do produtor rural, consumidor de energia elétrica.
Em sua fala, manifestou preocupação com o reajuste oneroso ao consumidor em 2019, após uma revisão tarifária muito pesada no ano passado, média de 23,19% a todos os consumidores e de mais de 34% aos consumidores rurais (classificados como B2).
Os consumidores rurais, atendidos em baixa tensão (a maior parte dos nossos produtores), terão reajuste médio em 2019 de 16,11%. As principais justificativas apresentadas pela ANEEL foram: a aplicação do desconto da ordem de 20% dos benefícios na tarifa aos produtores rurais, irrigantes e aquicultores (por conta do Decreto 9.642/2018) e da compra de energia mais cara gerada em 2018, fazendo ficar mais oneroso o item “componentes financeiros”.
Aline Veloso pediu à ANEEL “reforma do setor elétrico, buscando articular com as demais entidades do setor para acionamento mais correto da compra de energia, especialmente por fontes renováveis (biomassa, mais baratas do que a geração térmica e com potencial para geração)”.
Solicitou, também, atenção especial para os consumidores rurais de energia que estão com custos muito pressionados e precisam continuar produzindo, garantindo alimento a preços mais baratos à população: “Somos um setor estratégico para o país. Ademais, é fundamental que haja melhor comunicação com os consumidores, melhorando as condições do fornecimento de energia. Atuamos fortemente para a revogação do Decreto 9.642/2018 e esperamos reverter essa situação específica em breve, atuando junto aos parlamentares.”
Fonte: Senar MG