Dona de clínica irregular é detida por realizar implante capilar sem registro de medicina em Muriaé

Operação foi realizada pela Polícia Civil em Muriaé, com apreensão de R$ 16 mil e documentos na clínica da suspeita.

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A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Defraudações da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Muriaé, realizou na manhã dessa quarta-feira, dia 3 de julho, a “Operação Rapunzel”, onde foi cumprido um mandado de busca e apreensão em uma clinica capilar, localizada na região central de Muriaé, objetivando angariar elementos de informações para robustecer investigação sobre exercício irregular de medicina e outros crimes praticados pela proprietária da empresa.

Durante a diligência, verificou-se de pronto que havia um paciente sendo submetido a um procedimento de transplante capilar no recinto, sendo tal mister executado por duas mulheres, sendo que ambas alegaram ser técnicas de enfermagem. A proprietária da clínica, uma mulher 38 anos, esclareceu que não havia médico acompanhando tal procedimento, apenas o corpo técnico.




A Vigilância Sanitária de Muriaé também foi acionada durante as diligências, onde apreenderam medicamentos armazenados no local, inclusive de prescrição controlada, bem como interditaram a clínica, por estar com irregularidades administrativas para exercício profissional (alvará). Aproximadamente R$ 16 mil e documentos foram apreendidos pela polícia.

O SAMU também foi acionado para verificação do paciente que estava passando pelo procedimento de transplante capilar, para verificar sua situação de saúde. Uma médica compareceu ao local e acompanhou o restante do procedimento, para sua preservação.




A proprietária da clínica, que é graduada em farmácia, e as técnicas de enfermagem foram conduzidas em flagrante delito para a Delegacia de Polícia. Outros funcionários foram ouvidos.

A proprietária da clínica foi autuada pelos delitos capitulados nos artigos 282 e 331 do Código Penal (exercício ilegal da profissão e desacato), ensejando a ratificação de sua prisão em flagrante. Já as técnicas de enfermagem foram autuadas pelo crime capitulado no art. 282 do Código Penal, sendo liberadas após se comprometerem a comparecer em juízo.




Foram apreendidos aparelhos celulares, outros equipamentos eletrônicos, documentos e aproximadamente dezessete mil reais em dinheiro.

De acordo com a Polícia Civil, as investigações sobre o caso vão continuar.




Fonte: PCMG




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