De acordo com a acusação, Valquíria foi esfaqueada 40 vezes. O casal viveu junto por seis anos, período em que o comportamento do homem se tornou abusivo e agressivo. Segundo o promotor de Justiça Jonas Julio Linhares Costa Monteiro, a vítima era impedida de trabalhar e de visitar familiares.
A vítima decidiu pôr fim ao relacionamento devido ao comportamento abusivo do companheiro, que, no entanto, não aceitou a separação e persistia em tentar reatar. Duas semanas antes do crime, Valquíria cedeu às insistências e os dois reataram.
Na noite anterior ao assassinato, o homem descobriu que Valquíria estava grávida de outra pessoa, o que desencadeou uma série de ameaças. “Você não vai ficar comigo nem com ele”, teria dito, segundo a acusação. Posteriormente, ele agrediu a mulher, que tentou chamar a polícia, mas foi impedida pelo agressor.
Durante o ataque, o filho mais velho de Valquíria, de 12 anos, tentou defender a mãe, mas foi impedido pelo agressor, que desferia golpes de faca para trás na tentativa de atingir o menino enquanto atacava a mulher. O jovem correu até uma casa vizinha, implorando por ajuda. A vizinha encontrou Valquíria morta no banheiro e levou as quatro crianças para sua casa.
Captura do Acusado
Após o crime, o homem fugiu com a faca usada no assassinato e uma bolsa, escondendo-se em um matagal. A Polícia Militar iniciou as buscas e o localizou às margens do rio Caratinga. Cercado pelos policiais, ele se entregou.
Procedimento de Pensão Especial
Além da acusação de feminicídio, o Ministério Público de Minas Gerais abriu um procedimento administrativo junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para que as quatro crianças recebam uma pensão especial. Este benefício assistencial é destinado a dependentes de vítimas de feminicídio.
Este caso reflete a gravidade da violência doméstica e a necessidade de medidas rigorosas para proteger as vítimas e apoiar os dependentes que sofrem as consequências de tais crimes.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo