Jovem desaparecida é encontrada esquartejada dentro de mala em Minas
Uma jovem de 21 anos que estava desaparecida foi encontrada morta em Engenheiro Navarro, no Norte de Minas, nessa quarta-feira (14). Cintia Thais Gomes Silva foi esquartejada e os pedaços do corpo encontrados em uma mala.
A jovem estava desaparecida desde quinta-feira (8). Na ocasião, ela tinha sido vista em um bar com um homem, de 34 anos. Os dois teriam saído do estabelecimento e entrado em um carro próximo ao Terminal Rodoviário da cidade.
A Polícia Militar localizou o corpo de Cintia após moradores do bairro Douradinha sentirem um cheio muito forte vindo da casa de um vizinho. O proprietário do imóvel não foi encontrado no local e a polícia entrou na residência pela porta principal que estava aberta.
No interior da casa, os militares encontraram uma mala com sacos plásticos foi encontrada em um dos quartos e nela havia algo dentro. Se tratava do corpo de Cíntia completamente esquartejado. O cômodo onde estava a mala tinha marcas de pano, o que leva a crer que alguém tenha limpado o local.
Foi apurado que o dono da residência era a mesma pessoa com quem a jovem tinha sido vista pela última vez. Após rastreamento, ele foi encontrado em um bar jogando sinuca. Logo que foi abordado, o homem confessou o crime, assumindo ter esquartejado Cíntia e colocado o corpo em uma mala.
Ele alegou que no dia 8 de abril comprou cervejas em um bar e foi até uma rua onde a jovem teria feito uso de drogas. Cintia teria ido embora e no dia seguinte foi até a casa dele. O homem afirmou que ela ainda estava sob efeitos dos entorpecentes e os dois fizeram uso de mais entorpecentes.
Segundo o autor, a jovem teria ido para um quarto e começou a ter convulsões. Ele relatou que ela se debatia e sangue saia do seu nariz. O homem tentou ajudá-la, dando água, mas ela cuspia o líquido e veio a morrer após dar um suspiro.
Após Cintia morrer, o autor enrolou o corpo em colchões e foi até um supermercado, onde comprou os sacos plásticos. Ele alega ter esquartejado a vítima para facilitar o sumiço do corpo. O homem foi preso e apresentado na Delegacia de Polícia para demais providências, juntamente com a faca usada para cometer o crime.
Cintia tinha passagens pela polícia. Em uma das ocorrências, ela chegou a agredir a própria mãe com um soco. Em setembro do ano passado, ela agrediu o namorado com cacos de vidros.
Polícia suspeita de versão sobre overdose
O delegado Leonardo Diniz não acredita na versão de overdose. A linha principal da investigação é feminicídio.
– Ficou evidenciado que após a suposta overdose, para nós não houve overdose nenhuma, ele abandou o corpo na residência e ficou pensando o que fazer com ele e, deliberadamente, decidiu esquartejar o corpo e colocar os pedaços em uma mala. O que não coube ele colocou em sacos de lixo. E ele iria arrumar um carro emprestado para realmente consumir com o corpo. Os membros foram cortados com uma faca. Ele já trabalhou em açougue. Ele só não conseguiu ocultar o corpo por não ter transporte. Primeiramente ele tentou empacotar o corpo com espumas, mas ficou muito grande e não caberia no veículo então ele decidiu esquartejar e colocar na mala e dispensar o corpo – disse a autoridade policial.
A polícia ainda investiga se ocorreu estupro antes da morte da jovem. O suspeito já tinha passagem pelo crime de estupro cometidos em 2011 e 2012 nas cidades de Betim, na Grande BH, e Bambuí, no Sul de Minas.
– Pedimos expressamente para que fossem feitos exames de violência sexual contra a vitima. É possível sim que ele tenha cometido o crime até em virtude de um abuso sexual contra ela – conclui o delegado.
A família de Cintia também acredita possibilidade de abuso sexual antes da morte.
– Ele deve ter tentado estuprar ela, mas ela não é besta. Com certeza ela tentou se defender e ele acabou cometendo essa barbaridade. Ela era uma pessoa muito boa, nunca fez mal para ninguém e era muito importante para família – disse a irmã da vítima.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do BHAZ e O Tempo