Justiça bloqueia R$ 11 milhões de casal suspeito de fraude envolvendo fazenda de gado na região
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, nesta terça-feira (2/5), mandados de busca e apreensão na cidade de Conselheiro Pena, região do Rio Doce, com o objetivo de levantar elementos em investigação que apura fraude cometida por um homem e uma mulher contra o sócio, um idoso de 75 anos.
A vítima é proprietária de uma agropecuária cuja administração está localizada em Rio Casca, na Zona da Mata. Na última sexta-feira (28/4), após representação da PCMG, a Justiça bloqueou ativos no valor de R$ 11 milhões do casal investigado, além do arresto de uma fazenda de criação de gado no interior do estado do Maranhão.
Conforme conta o delegado responsável pelo caso, Carlos Roberto Souza da Silva, titular da Delegacia de Polícia Civil em Rio Casca, em 2019, o casal investigado, então residente em Governador Valadares, e a vítima firmaram sociedade, adquirindo uma fazenda no Maranhão. A administração da sociedade deveria ser conjunta entre a vítima e a sócia investigada.
No ano de 2021, mediante fraude, o casal obteve um certificado digital em nome da vítima e alterou o contrato social da agropecuária, passando a investigada a deter ampla autonomia. Com poderes totais para gerir o negócio, o casal passou a contrair empréstimos com valores de R$ 11 milhões, R$ 4 milhões e R$ 2 milhões sucessivamente, dando em garantia a fazenda.
Um ano depois, estando a fazenda em inventário após a morte da esposa da vítima, o casal investigado alterou o contrato social retirando dos quadros a vítima, detentora de 50% das cotas, sem qualquer contraprestação, além de transferirem fraudulentamente mais de 2,7 mil cabeças de gado registradas em nome da vítima, que passaram a ficar em nome da suspeita.
A decisão judicial também afastou o casal da administração da fazenda e colocou a vítima na gestão. “A Polícia Civil agora continua as investigações no sentido de apurar se há outras pessoas envolvidas na fraude, seja em Minas Gerais ou no Maranhão”, conclui o delegado Carlos Roberto.
Fonte: PCMG