Mantida em cárcere, mulher era estuprada e obrigada a cozinhar para o ex
Em Bom Sucesso, região Oeste do estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) resgatou, nessa terça-feira (13/8), uma mulher, de 28 anos, que estaria sendo mantida em cárcere privado pelo ex-companheiro, de 34.
A ação policial foi realizada após o Conselho Tutelar informar à equipe que a vítima havia deixado os dois filhos na casa de uma irmã, três dias antes, e desaparecido depois disso, o que estava preocupando os familiares dela.
As buscas foram realizadas pela equipe da Delegacia de Polícia Civil em Bom Sucesso, que já estava investigando, há menos de uma semana, um caso de violência doméstica envolvendo a mulher e as duas crianças, como vítimas, e o suspeito.
Diante das informações do desaparecimento e considerando os relatos já colhidos na unidade, os policiais se deslocaram até a zona rural do município, onde o investigado tem um imóvel.
De acordo com o delegado Edgar Polo Sardinha, quando a equipe da PCMG chegou ao local, um indivíduo teria saído correndo pelos fundos e desaparecido em meio à mata. Com o intuito de tentar encontrar a vítima, os policiais entraram no imóvel do suspeito e encontraram a mulher em um dos cômodos. “Ela estava em estado de choque, não conseguia se comunicar nem responder as perguntas feitas”, observa.
Ainda segundo Sardinha, escoltada até a delegacia, já mais calma, a vítima relatou para a escrivã que foi abordada pelo suspeito enquanto se deslocava para a igreja e, mediante ameaças de morte à ela e a familiares, foi coagida a ir para aquela residência. A mulher informou também que foi obrigada a cozinhar para o ex-companheiro e impedida de comer, bem como a manter relações sexuais contra a vontade dela.
Providências
No último dia 8 de agosto, a Polícia Civil foi acionada a comparecer em uma unidade hospitalar e foi informada que uma mulher e duas crianças teriam sofrido violência doméstica, resultando em lesões corporais. Esclarecido os fatos, a vítima solicitou medidas protetivas, sendo ela e os filhos encaminhados para realização de exames de corpo de delito.
O delegado Edgar Sardinha informa que, além do pedido de medidas protetivas, a PCMG representou pela prisão preventiva do investigado. Diante dos fatos recentes, uma nova representação de restrição de liberdade do suspeito foi encaminhada ao Judiciário. As investigações prosseguem.
Denúncia
A PCMG orienta que todo caso de violência doméstica e familiar contra a mulher seja denunciado. O registro pode ser feito diretamente em unidade policial, via disques 180 ou 181 e também pela DELEGACIA VIRTUAL nos casos de ameaça, vias de fato/lesão corporal e descumprimento de medida protetiva. Acesse o manual produzido pela Polícia Civil e saiba mais sobre o tema (clique AQUI ).
Fonte: PCMG
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