Médico e esposa são presos em operação que investiga emissão de atestados falsos
Operação Raio-X foi realizada pelo Gaeco de Visconde do Rio Branco com auxílio de policiais de Viçosa e Belo Horizonte.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou hoje, 6 de agosto, a operação Raio-X, que cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas residências e locais de trabalho de um médico, ex-agente político, investigado por alterar, falsificar ou fazer uso indevido de marcas, logotipos, siglas e outros símbolos utilizados ou identificadores de órgãos ou entidades da Administração Pública.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Presidente Bernardes, Viçosa, Ubá e Coimbra, municípios da Zona da Mata mineira.
A ação foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, unidade Visconde do Rio Branco, pela Promotoria de Justiça de Piranga e pelas Polícias Civil e Militar. Participaram promotores de Justiça e servidores do MPMG e policiais militares e civis de Viçosa e Belo Horizonte.
Segundo apurado, o agente, valendo-se de sua função, fazia uso indevido de logotipos e símbolos utilizados ou identificadores de prefeituras e do SUS, para emissão de atestados médicos e receituários, inclusive de controle especial, sem possuir credenciamento ou autorização para tanto, de modo que as informações inseridas em tais documentos revelam-se de aparente falsidade.
Durante o cumprimento de um dos mandados, a Polícia encontrou receituários em branco, com timbre da Prefeitura Municipal de Piranga, carimbados e assinados com dados do principal investigado, que eram, em tese, utilizados pela sua esposa. Na ocasião, foi realizada a condução dos agentes à Delegacia de Polícia, pela suposta prática do crime de falsificação de selo ou sinal público (artigo 296, §1º, inciso III, do Código Penal), que prevê pena de dois a seis anos de reclusão, aumentada de sexta parte, já que os investigados cometeram os delitos, prevalecendo-se dos cargos públicos.
Também foram apreendidos outros receituários com timbres de outras prefeituras da região, assim como dispositivos eletrônicos.
Fonte: MPMG