Menina de 3 anos morre sob suspeita de intoxicação por chumbinho
Criança foi levada pelo Samu para o Centro de Saúde Marivanda Baleeiro, no bairro Paulo VI, mas não resistiu
A morte de uma menina de 3 anos, supostamente por intoxicação com “chumbinho”, será investigada pela Polícia Civil de Belo Horizonte. O caso ocorreu na noite de quinta-feira (2 de janeiro), no bairro Paulo VI, na região Nordeste da capital mineira.
De acordo com a Polícia Militar (PM), a criança foi levada ao Centro de Saúde Marivanda Baleeiro pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) após sofrer sintomas de intoxicação. Apesar das tentativas de reanimação realizadas pelos profissionais da unidade de saúde, a menina não resistiu. A perícia foi acionada e o corpo será encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de autópsia, que confirmará a causa da morte.
O veneno conhecido como “chumbinho” é amplamente usado como raticida, porém sua comercialização é ilegal no Brasil, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O produto é, na verdade, um agrotóxico de uso agrícola destinado ao combate de pragas em lavouras. Substâncias presentes no “chumbinho”, como aldicarbe, carbofurano e monocrotofós, são altamente tóxicas e podem causar graves riscos à saúde humana.
A Anvisa esclarece que, além de perigoso, o “chumbinho” não é eficaz no controle de roedores. O veneno mata rapidamente o primeiro animal que o ingere, mas os demais integrantes da colônia evitam o alimento, permanecendo no ambiente. Em contrapartida, raticidas registrados e regulamentados pela agência, conhecidos como cumarínicos, são mais seguros e eficientes, pois agem de forma lenta, garantindo a eliminação de toda a colônia.
As autoridades seguem investigando as circunstâncias da morte da criança e reforçam o alerta sobre os riscos de produtos clandestinos utilizados para controle de pragas.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo