Mineiro condenado por acidente é preso nos Estados Unidos e citado entre ‘piores’ imigrantes ilegais
Governo norte-americano divulgou o nome, a foto e a nacionalidade do homem, condenado por um acidente com duas mortes
Um brasileiro natural de Inhapim, na região do Vale do Rio Doce de Minas Gerais, foi detido pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) na cidade de Boston, Massachusetts.
Vitor de Sousa Lima, de 28 anos, estava na lista de nove homens presos entre os dias 24 e 25 de janeiro, cujos nomes, fotos e nacionalidades foram divulgados publicamente pelo governo americano. A informação foi compartilhada nos perfis oficiais da Casa Branca nas redes sociais.
Vitor foi condenado no Brasil por homicídio culposo após um acidente de trânsito ocorrido em 4 de outubro de 2014, quando ele tinha 18 anos. Na ocasião, o veículo que ele dirigia colidiu com uma moto, resultando na morte de um pai e seu filho. O mineiro foi sentenciado a quatro anos e oito meses de prisão, mas sua situação atual e como ele chegou aos Estados Unidos ainda não foram esclarecidas.
A Casa Branca descreveu os detidos como “alguns dos piores”, sugerindo que as prisões incluem indivíduos acusados de crimes graves, como estupro de menores e suspeitas de ligação com grupos terroristas, como o Estado Islâmico. O comunicado oficial destacou a política de imigração do governo americano, que tem como foco a segurança nacional e o combate a ameaças internas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou sobre as ações do ICE, afirmando que “não há responsabilidade maior do que defender nosso país de ameaças e invasões”. Ele reforçou que suas promessas de campanha estão sendo cumpridas, em referência ao seu compromisso com medidas rigorosas de controle de imigração.
A prisão de Vitor de Sousa Lima reacendeu o debate sobre a extradição de brasileiros condenados no exterior e a cooperação entre os sistemas judiciais dos dois países. Até o momento, não há informações sobre os próximos passos legais que serão tomados em relação ao caso.
A reportagem procurou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil para obter mais detalhes sobre a situação de Vitor, mas ainda não houve retorno oficial.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Tempo