Mulher é presa por fazer compras e adulterar imagem do Pix
Suspeita de 36 anos responderá por estelionato e corrupção de menores, já que há indícios de que ela envolvia o filho, menor de 18 anos, nos crimes.
Uma mulher de 36 anos foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), na terça-feira (16/5), em Ubá, na Zona da Mata, após aplicar o golpe do pix em diversos estabelecimentos comerciais no centro da cidade.
Conforme apurado pela equipe de policiais da 2ª Delegacia Regional em Ubá, pertencente ao 4º Departamento de Polícia Civil em Juiz de Fora, a mulher fazia compras e simulava o pagamento por pix. Na realidade ela realizava um agendamento, adulterava a imagem, apagando a palavra “agendamento”. Em seguida, a suspeita enviava ao comerciante a imagem adulterada de um comprovante de pagamento.
Após constatarem que o pix não havia sido efetivado, três comerciantes buscaram pela PCMG que iniciou rastreamento. A mulher foi localizada e, durante as buscas, foram localizados diversos itens adquiridos de forma ilícita.
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Douglas Motta, durante as buscas, um caminhão de mudança chegou na residência da suspeita, que pretendia fugir da cidade. “Além disso, a mulher também será investigada por furtos e corrupção de menor, pois há indícios de que ela envolvia o filho, menor de 18 anos, nas ações criminosas”, explicou o delegado.
A suspeita foi autuada por estelionato e encaminhada ao sistema prisional.
Especialista alerta comerciantes para golpes com Pix
As operações bancárias de pagamento via Pix vêm ganhando cada vez mais adeptos. De acordo com dados do Banco Central, somente em junho deste ano, foram realizadas mais de R$ 1,6 bilhões de transações via Pix em todo o Brasil. E a cada mês o número supera a quantidade do mês anterior.
No entanto, a inovação no sistema bancário não passaria ilesa aos golpes, o que requer atenção dobrada dos usuários. Um golpe que vem se tornando comum ocorre muito em comércios pequenos, onde o golpista compra os produtos, mas na hora de pagar, via Pix, o valor é de R$ 0,01. Isso para que a notificação de pagamento chegue até o lojista. Ao mostrar o comprovante ao vendedor, o documento está adulterado com o valor real da compra.
É o que aconteceu com Robson Coelho, dono de uma pizzaria, em Teresina, capital do Piauí. Depois de cair em um golpe de R$300, passou a ficar mais atento nos pedidos de entrega de pizzas. Ele detectou uma nova tentativa, com um comprovante de pagamento de apenas R$ 0,01 e resolveu fazer uma “brincadeira” com o suposto cliente.
O especialista em direito digital Fabrício Polido destaca que o Pix é uma importante inovação do Banco Central para pagamentos digitais. Mas é importante que os usuários fiquem atentos tanto ao pagar quanto ao receber nessa modalidade.
Ele explica que, ao pagar para alguém, é importante sempre conferir a chave utilizada e confirmar o nome do recebedor antes de confirmar a transação. Mas no caso dos comerciantes que vêm sendo lesados com comprovantes falsos, a orientação é conferir, sempre, nos canais do banco recebedor para confirmar o recebimento.
O especialista ainda destaca que quem cai nesse tipo de golpe deve notificar o próprio banco para registro da situação. Também pode utilizar canais de denúncias no Banco Central. E uma medida importante é registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil, o que pode ser feito em qualquer delegacia ou na internet.
Fonte: PCMG / Agência Brasil