Polícia Civil indicia 17 pessoas por esquema ilegal para adquirir CNH

Até o momento, 17 pessoas foram indiciadas, entre intermediários e contratantes

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Com o indiciamento de 17 pessoas, incluindo o intermediário e pessoas que contrataram o serviço, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Carmo do Paranaíba, região do Alto Paranaíba, concluiu, na última sexta-feira (6/12), as investigações que visavam desarticular esquema criminoso voltado ao recrutamento e facilitação da obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de forma ilícita em outro estado.

O trabalho investigativo, realizado pela Delegacia de Polícia Civil em Carmo do Paranaíba, aponta indícios de crimes contra a fé e a administração pública, lavagem de dinheiro e possível organização criminosa envolvendo um suspeito residente na cidade mineira, que atuava como intermediário.




Esquema

Conforme apurado, a atuação do principal alvo da PCMG consistia na intermediação com o órgão de trânsito de outro estado para suposta aquisição facilitada de CNH sem seguir os procedimentos legais exigidos para a obtenção do documento.




Os contratantes dos serviços do indiciado forneciam seus documentos pessoais, com exceção de comprovante de residência, tendo em vista que este era falsificado, gerando cadastro irregular nos sistemas de trânsito.

O indiciado, após receber expressivos valores das pessoas que o contratavam, as levava até outro estado para que passassem pelo procedimento administrativo de aquisição de carteira de habilitação por meio de uma autoescola, também alvo de investigações pela Polícia Civil do Estado de Goiás.




Operação

Durante as investigações, foi deflagrada a operação Hipnos, em 7 de dezembro de 2022, sendo cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, com a apreensão de documentos e dispositivos eletrônicos que foram analisados. A operação revelou ainda a existência de movimentações financeiras suspeitas, possivelmente relacionadas com ocultação de valores provenientes das atividades ilícitas.




A escolha do nome Hipnos faz alusão ao deus grego do sono, simbolizando a ilusão e a ocultação de irregularidades em operações fraudulentas. O esquema criminoso explorava a confiança depositada nos serviços públicos, burlando procedimentos legais e comprometendo a credibilidade do órgão.

Desdobramentos




A primeira fase das investigações se encerra com a conclusão do inquérito e o indiciamento de 17 investigados, tendo em vista que todos os contratantes dos serviços do alvo principal se tornam coautores dos crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento público.

De acordo com a delegada Mariana Lemos de Campos, o trabalho da PCMG continua para identificar outros envolvidos no esquema criminoso, bem como aprofundar a análise do material apreendido.




“Nosso objetivo é garantir que todos os responsáveis sejam identificados e devidamente responsabilizados perante a Justiça, reafirmando nosso compromisso com a legalidade e a transparência”, afirma a delegada.

Denúncia




A PCMG ressalta a importância da população no combate ao crime. As denúncias podem ser feitas via Disque-Denúncia 181 ou pelo telefone da Delegacia em Carmo do Paranaíba (34) 3851-2070 (WhatsApp) de forma sigilosa.

Fonte: PCMG




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