Polícia Civil indicia idoso que usou documento de falecido para tomar vacina
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou pelo crime de falsidade ideológica um idoso, de 80 anos, que utilizou a documentação do irmão falecido, de 91, para tomar a vacina contra a Covid-19, em Araguari, Triângulo Mineiro.
Uma mulher, de 40 anos, casada com o neto do senhor investigado, que o acompanhou no dia de receber a primeira dose do imunizante, também foi indiciada pelo delito.
O trabalho investigativo começou no fim de abril, a partir de um registro de ocorrência por parte da Secretaria Municipal de Saúde acerca dos fatos.
Conforme relatado, foi identificado que os dados informados no momento da vacinação eram de uma pessoa que havia morrido há nove anos em outro município da região. A partir dos levantamentos, a equipe da Delegacia de Polícia Civil chegou ao senhor de 80 anos.
De acordo com o delegado Rodrigo Luis Fiorindo Faria, foi apurado que o idoso usou os documentos do irmão com a finalidade de tomar a vacina antecipadamente, já que, pelos critérios de idade estabelecidos na campanha, ele precisaria aguardar.
Assim, na primeira semana de março, ele compareceu à unidade de saúde acompanhado da mulher, que cedeu a ele o comprovante de endereço usado para o cadastro do paciente.
Ainda segundo Faria, em depoimento, o senhor alegou que utilizou os documentos do familiar, uma vez que temia ficar doente. Já a acompanhante informou que só percebeu que o idoso estava se passando pelo irmão na hora de assinar a planilha de registro de vacinação da unidade de saúde. Ela também disse que emprestou o comprovante de residência ao homem porque ele teria esquecido de levar um.
O inquérito policial já foi remetido à Vara Criminal, e a Promotoria de Justiça formalizou a denúncia, dando início ao processo por falsidade ideológica.
“Assim como esse caso, outros fatos de irregularidades na vacinação contra a Covid-19 em Araguari seguem sendo investigados pela PCMG, com apoio do Ministério Público, por meio das Promotorias de Justiça Criminais e da Promotoria de Justiça Curadora da Saúde Pública”, conclui o delegado.
Fonte: PCMG