Polícia prende homem condenado a mais 100 anos de prisão por estupro de crianças
No último sábado (11/5), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu um homem, condenado a 137 anos de prisão por estupro de vulnerável cometido contra aproximadamente 15 crianças e adolescentes. Ele estava foragido da Justiça em Várzea da Palma, Norte de Minas, e foi detido em Belo Horizonte após trabalho de inteligência policial.
Com base em informações repassadas pela equipe da PCMG em Várzea da Palma, a Coordenação de Apoio Policial (CAP), da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), começou o rastreamento do foragido e o localizou no bairro Copacabana, na capital.
No momento da abordagem, Dinamá Pereira de Resende forneceu nome falso aos policiais, sendo encaminhado à delegacia de plantão para cumprimento do mandado de prisão.
Dinamá Pereira de Resende era uma figura conhecida na cidade de Várzea da Palma por suas atividades culturais e religiosas com crianças. Ele foi indiciado por crime sexual em janeiro de 2020. Na época, o delegado Guilherme Vasconcelos ouviu depoimentos de 14 vítimas que relataram dinâmicas semelhantes envolvendo o acusado.
De acordo com o delegado, Dinamá utilizava a criação de grupos infantis como forma de ter acesso às vítimas, particularmente crianças carentes que viviam em lares sem estrutura mínima, em situações de extrema vulnerabilidade.
“O investigado se aproveitava do descrédito que se dava à palavra de uma criança, tentando dissimular comportamento sexual como se fosse afetuoso”, afirmou o delegado na ocasião.
Os crimes sexuais, conforme previstos pela legislação brasileira, são passíveis de punições severas. O estupro, conforme o artigo 213 do Código Penal, consiste em constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Mesmo que não haja conjunção carnal, o agressor pode ser condenado a uma pena de reclusão de seis a 10 anos.
Além disso, o artigo 217A trata do estupro de vulnerável, que ocorre quando a vítima tem menos de 14 anos ou não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. A pena para esse crime varia de 8 a 15 anos de prisão.
Para aqueles que necessitam de ajuda ou conhecem alguém que precise, existem diversos mecanismos de denúncia disponíveis, incluindo números de telefone como 181, 197 ou 190, além de delegacias especializadas e aplicativos como o MG Mulher, que oferecem suporte e orientação às vítimas em situações de emergência.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do BHAZ
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