Viçosa registra primeiro caso suspeito da Varíola do Macaco

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A Prefeitura de Viçosa, através da Secretaria Municipal de Saúde, confirmou, nesta quinta-feira, 21, o primeiro caso suspeito da Varíola do Macaco (Monkeypox- MPX) na cidade.

Trata-se de uma jovem com idade entre 20 e 30 anos, com histórico de viagens em locais com confirmação da doença. A paciente foi atendida pelo serviço de saúde local e se encontra em isolamento domiciliar sem apresentar sinais graves da doença.




Imediatamente, a Vigilância Epidemiológica acionou o Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) e a GRS (Gerência Regional de Saúde) de Ponte Nova para orientações de manejo do caso suspeito e aguarda o resultado das amostras enviadas ao laboratório da Funed (Fundação Ezequiel Dias), em Belo Horizonte, para a confirmação ou descarte do caso em investigação.

Situação Epidemiológica em Minas Gerais




Na terça-feira, 19, a SES (Secretaria de Estado da Saúde) divulgou que Minas Gerais registrou 110 casos suspeitos da varíola. De acordo com a Funed, são 32 casos confirmados, 42 descartados e 36 em investigação. Os pacientes estão estáveis e em isolamento.

A SES informou ainda que, até o momento, os casos confirmados são todos do sexo masculino, com idades entre 22 e 46 anos, em boas condições clínicas. Há um registro em internação hospitalar para isolamento. Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados. Somente o município de Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária.




Características Clínicas da Monkeypox

A doença Monkeypox (MPX) é classificada como endêmica em países da África Central e Ocidental, e no ano de 2022 foi confirmada em diversos países não africanos. A possibilidade de um surto mundial da MPX alertou as autoridades sanitárias em todo o mundo e chamou a atenção para a necessidade de ações precoces que evitem a disseminação da doença.




A MPX é uma doença causada pelo vírus Monkeypox (MPXV) do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. O nome deriva da espécie em que a doença foi inicialmente descrita em 1958. Trata-se de uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus. Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatórios.

A MPX é geralmente uma doença autolimitada, cujos sinais e sintomas duram de duas a quatro semanas. O período de incubação é tipicamente de seis a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. A pessoa infectada é assintomática no período de incubação.




Os sinais e sintomas iniciais clássicos incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. As manifestações cutâneas ocorrem entre um e três dias após os sinais e sintomas iniciais. A detecção de linfadenopatia é uma característica clínica importante, auxiliando no diagnóstico diferencial entre MPX e outras doenças.

Fonte: PMV




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