Viçosa reivindica delegacia regional de polícia
A criação de uma delegacia regional em Viçosa, o aumento de efetivos das Polícias Civil e Militar, bem como o envolvimento maior da Polícia Federal na investigação dos crimes ligados ao tráfico de drogas, que predominam na região. Essas foram as principais demandas trazidas durante a audiência pública que a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizou no município nesta segunda-feira (13).
Além de cinco deputados – quatro estaduais e um federal -, participaram da reunião na Câmara Municipal mais de cem pessoas, entre cidadãos, representantes de órgãos e entidades envolvidos com a segurança pública. A audiência foi solicitada pelos deputados Paulo Lamac (PT) e Roberto Andrade (PTN), com o objetivo de debater a violência crescente em Viçosa e região.
O deputado Paulo Lamac disse que o município registrou, nas últimas semanas, mais de dez assassinatos, a maioria deles relacionados ao tráfico de drogas, além de tentativas de homicídio. Ele acrescentou que o problema não ocorre somente na cidade, mas em todo o País. “Vivemos o aumento do consumo de drogas, o que é um grande desafio”, refletiu.
Ele lembrou que participou, em março, de reunião na Secretaria de Estado de Defesa Social para discutir o assunto, quando foi ressaltado que Viçosa é a única cidade no Estado com universidade federal que não tem delegacia regional, apesar de já ter a estrutura física para ela. Essa seria, segundo o parlamentar, uma medida de curto prazo, que permitiria à sociedade obter uma sensação maior de segurança. E nesse aspecto, o deputado também reforçou a necessidade de aumentar o efetivo das polícias.
Ainda na avaliação dele, o enfrentamento da questão tem que se dar também com ações de médio e longo prazos. No longo prazo, ele defendeu o trabalho de formação dos jovens, por meio da melhoria da educação, com a volta de conceitos ligados a direitos e deveres dos cidadãos nos currículos. E defendeu também o envolvimento de órgãos como Ministério Público, Defensoria Pública, Poder Judiciário e Universidade Federal de Viçosa (UFV) na busca de uma solução.
Fonte: ALMG