11 de abril: Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson

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Há 200 anos, em 1817, James Parkinson descrevia, pela primeira vez, uma das doenças neurológicas mais comuns e intrigantes: a Doença de Parkinson (DP). Embora o número de pessoas com a Doença de Parkinson aumente com a idade, ela não acontece apenas em pessoas idosas, podendo acontecer em qualquer idade, tanto em homens quanto em mulheres, sem distinção de grupos étnicos ou classes sociais. É uma doença degenerativa e com causa desconhecida.




Muitas são as formas da Doença de Parkinson se apresentar, conheça a experiência de Daniele Lanzer:

Daniele, pesquisadora, começou a sentir os sintomas ligados ao Parkinson aos 30 anos de idade., Mas o diagnóstico só foi realizado aos 36. No início, ela lembra que foi muito difícil receber o diagnóstico da doença. “O impacto disso na minha vida foi muito grande”. Mas depois de alguns anos acompanhando o quadro de outras pessoas que estavam passando pelas mesmas dificuldades, resolveu criar o projeto Vibrar com Parkinson. “Resolvi parar de sentir pena de mim mesma, e transformar isso para ajudar outras pessoas também”.




Ela lembra que o principal objetivo sempre foi passar o máximo de informação para as pessoas acometidas pela doença. “O Parkinson é uma doença complexa e necessita de cuidados, acompanhamento multiprofissional, então é muito importante informar o paciente, e que ele saiba sobre a reinserção na sociedade, como evitar constrangimentos, mesmo que o sentimento de incapacidade o assombre”, explica Daniele.

Entre os sinais mais conhecidos do Parkinson estão os tremores e o comprometimento de funções que controlam o movimento. Alterações do olfato, distúrbios do sono, desiquilíbrio, constipação mudanças emocionais, como depressão, ansiedade etc, também fazem parte da lista de sintomas que podem aparecer. É importante estar atento ao primeiro momento em que algum dos sinais da doença aparece, pois a incapacidade grave pode acontecer no período entre 10 e 15 anos após o seu surgimento.




O diagnóstico da Doença de Parkinson pode, às vezes, precisar de tempo para ser feito. É possível que o médico recomende consultas regulares com um neurologista para avaliar a condição e os sintomas do paciente durante um tempo para, só depois, fazer o diagnóstico.. Cada situação é avaliada individualmente e varia de pessoa para pessoa. Depois de descoberta a doença, o objetivo do tratamento deve ser reduzir progressivamente os principais sintomas e ajudar na melhora do paciente com o mínimo de efeitos adversos.

Segundo informações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde para a Doença de Parkinson, a prevalência da doença é de 100 a 200 casos a cada 100 mil habitantes.




O Sistema Único de Saúde (SUS) atualmente oferece os seguintes medicamentos para o tratamento de pacientes diagnosticados: Pramipexol, Amantadina, Bromocriptina, Entacapona; Selegilina, Tolcapona, Triexifenidil, Levodopa/carbidopa e Levodopa/benserazida.

Além disso, a incorporação do medicamento Clozapina está em consulta pública até o dia 13 de abril para orientar a utilização em casos de psicoses relacionadas à doença.




Aline Czezacki, para o Blog da Saúde




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