Atletas de fim de semana estão mais propensos a arritmia cardíaca

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Fazer exercícios físicos uma vez por semana, além de não produzir o efeito esperado, pode ser um problema para a saúde. Os atletas de fim de semana correm mais risco de desenvolver arritmia cardíaca ou ter um infarto, pois não o coração não está preparado para a carga excessiva.

De acordo com o cardiologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Wagner Gali, “o ideal é a pessoa caminhar diariamente ou pelo menos de três a quatro vezes por semana, por 30 minutos”.




Se a pessoa, de fato, não tem tempo, os médicos aconselham a escolha de alternativas, como o uso de escadas, em vez de elevador, em locais onde trabalha ou reside. Outra alternativa é descer do ônibus algumas paradas antes para dar uma caminhada.

A arritmia cardíaca também pode acometer pessoas jovens, principalmente por conta de fatores hereditários. As recomendações para evitar o desenvolvimento da doença incluem controle de peso, da pressão arterial e do diabetes, alimentação saudável e com pouco sal, além de exercícios regulares. E sempre procurar ajuda médica.




Apagão

O ex-motorista de transporte urbano Carlos Jorge da Silva tinha 45 anos e levava uma vida sedentária quando se envolveu em um acidente de trânsito. “Tive um apagão no ônibus ao passar por um quebra mola. Debrucei no volante e acordei com o cobrador me chamando”, conta.




Após procurar por ajuda médica e passar por vários exames, Carlos descobriu que tinha arritmia cardíaca. “Me dava fraqueza nas pernas, ficava tonto, sentia dificuldades para levantar, queria respirar e não conseguia”, lembra, com angústia.

A situação do ex-motorista piorou quando passou a sofrer uma série de infartos. “Tive sete infartos, quase um por ano. Já fiz angioplastia e três pontes de safena”, enumera.




De acordo com Wagner Gali, a arritmia é mais comum em pacientes com doenças cardíacas ou de Chagas, infartados e hipertensos.

A solução para Carlos veio por meio da tecnologia na área da saúde, o implante de um marca-passo com ressincronizador, procedimento realizado no HUB, unidade vinculada à Universidade de Brasília (UnB) e filiada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).




Hoje, aos 57 anos e aposentado, Carlos leva uma vida normal. “Eu estou bem, fiz duas revisões, caminho para tudo quanto é lugar”, comemora.

Arritmia – O coração tem um ritmo de funcionamento constante, que pode se alterar para acompanhar nosso dia a dia, como bater mais rápido durante uma atividade física, uma forte emoção, ou mais devagar durante o repouso. No entanto, quando essas alterações não ocorrem de forma natural, pode ser sinal de arritmia cardíaca.




As causas e os tipos de arritmia são diversos, e vão desde o envelhecimento natural à causas hereditárias. Há situações que podem causar o descompasso cardíaco, como as doenças isquêmicas; doenças relacionadas a parasitas infecciosas – que podem acometer o coração; ou distúrbios eletrolíticos, como alteração de potássio, magnésio; doenças da tireoide e qualquer outra que faça uma alteração estrutural no coração, fazendo com que ele cresça.

Fonte: Ebserh.gov.br, com informações do Ministério da Saúde




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