Comer menos carne vermelha e mais leguminosas aumenta a expectativa de vida
Quanto mais cedo a mudança for estabelecida, maior o impacto na longevidade
Uma pesquisa da Universidade de Bergen, na Noruega, publicada recentemente na revista PLOS Medicine, revelou que substituir carnes vermelhas e alimentos processados por leguminosas, grãos integrais, frutas e vegetais pode adicionar até 13 anos à expectativa de vida.
O estudo, que analisou como a troca de uma “dieta típica ocidental” por uma “dieta otimizada” impacta a longevidade, indica que essas mudanças alimentares oferecem benefícios significativos em qualquer idade, mas são especialmente vantajosas para jovens adultos.
Segundo os pesquisadores, se uma jovem de 20 anos adotar a dieta otimizada, pode ganhar até 10 anos a mais de vida, enquanto homens da mesma faixa etária podem adicionar até 13 anos à expectativa de vida. Para pessoas mais velhas, os benefícios também são consideráveis. A partir dos 60 anos, mulheres ganham cerca de 8 anos a mais e homens, 9 anos. Mesmo aos 80 anos, a mudança pode resultar em aproximadamente 3,5 anos de vida adicional para ambos os sexos.
A pesquisa utilizou dados do Global Burden of Disease, um vasto banco de dados que monitora causas de morte e doenças em 204 países, e apontou que o aumento no consumo de alimentos como feijão, lentilha, nozes e grãos integrais representa um dos fatores mais importantes para a longevidade. A redução do consumo de carnes vermelhas e processadas, como bacon e frios, também contribui para uma vida mais longa, já que estudos têm correlacionado esses alimentos a maiores riscos de doenças cardíacas e câncer.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que uma alimentação equilibrada é fundamental para a prevenção de doenças crônicas, incluindo a doença cardíaca, que liderou as causas de morte globalmente entre 2000 e 2019.
Alimentos para uma Vida Mais Longa
Os especialistas sugerem que, para quem deseja adotar uma dieta mais saudável, o ideal é optar por proteínas vegetais e carnes magras. Alimentos como soja, grão-de-bico, lentilha, sementes e vegetais verde-escuros, como o brócolis, oferecem boas fontes de proteínas, além de micronutrientes essenciais. Para os que procuram alternativas às carnes vermelhas, peixes e aves magras são recomendados.
O estudo sugere que, embora mudanças em qualquer idade possam contribuir para a longevidade, iniciar uma dieta equilibrada e rica em vegetais desde cedo tem o maior impacto na qualidade de vida e na prevenção de doenças ao longo dos anos.
Fonte: Guia Muriaé, com informações do Jornal O Globo