Dia Mundial da Malária: SUS garante tratamento integral aos pacientes

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Hoje, dia 25 de abril, lembrado o Dia Mundial da Malária. Apesar de dois dias constantes de febre, Valdir dos Santos, 36 anos, não achou que tinha motivo para se preocupar com o sintoma. “Eu nem desconfiei que era malária. Nunca tinha pego. Aqui na região Norte a gente ouve muito falar, mas quando eu ia para o interior não me preocupava. Foi minha mãe que conhecia mais os sintomas e disse pra eu ir ao hospital”, conta.

A febre que Valdir sentiu é um sintoma comum da malária. A doença é infecciosa e causada pelo parasita Plasmodium, transmitido através da picada de mosquitos Anopheles infectados. Pode ainda ser transmitida pelo compartilhamento de seringas, transfusão de sangue ou até mesmo da mãe para feto, na gravidez. Esses mosquitos são encontrados, geralmente, em floresta tropicais. Também são sintomas da doença calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça que podem ocorrer de forma cíclica. Aindaé possível sentir, antes desses problemas, náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

Na Região Amazônica, os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão são os que concentram o maior número de casos da malária do país. Para ser ter ideia, a área é responsável por 99% dos casos totais no Brasil.

A suspeita da malária pedirá exames laboratoriais rápidos para garantir que o diagnóstico seja preciso.A partir do momento que o paciente recebe a confirmação da doença, ele poderá usufruir de uma medicação disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento, que será realizado em casa. “Antes de qualquer paciente sair daqui, explico direitinho o que ele vai ter que fazer. Toda a equipe tem esse cuidado”, conta o enfermeiro Soniberto Paixão Freitas, de 43 anos, parte da equipe da Fundação de Medicina Tropical “Doutor Heitor Vieira Dourado”, em Manaus. O estabelecimento é referencial mundial nesse tipo de tratamento.

O Ministério da Saúde reforça a importância do comprometimento dos profissionais de saúde no tratamento da malária. Desde o agente de saúde da comunidade ou o agente de combate às endemias até o médico, todos devem orientar os pacientes e reforçar os cuidados adequadamente e com uma linguagem compreensível. Em diversos lugares, os responsáveis por distribuir e orientar o uso dos medicamentos utilizam envelopes de cores diferentes para cada tratamento.

Por se tratar de uma região com difícil acesso, muitos pacientes, ás vezes, não dispõem nem mesmo de relógio para verificar as horas. O uso de expressões mais simples, como manhã, tarde e noite, para a indicação do momento da ingestão do remédio, por exemplo, ao invés de expressões como de 8 em 8 horas ou de 12 em 12 horas, ajudam a manter esse cuidado. Por causa da febre, da dor e do mal-estar, os pacientes podem ficar desatentos e precisam dessa orientação que, sempre que possível, deve ser dada também para o acompanhante.

Para Valdir dos Santos, que foi atendido na Fundação de Medicina Tropical, as informações compartilhadas, merecerão agora cuidado redobrado. “Agora eu tô alerta. A população toda deve ficar”, reforça.

Já a internação em função da doença é uma opção para crianças menores de 5 anos, idosos com mais de 60 anos, gestantes, pacientes com deficiências imunológicas e obrigatória para todo paciente com sinais de malária grave. “É em casa que o paciente deve completar todo o tratamento. Mesmo que os sintomas desapareçam, o tratamento deve ser feito até o final, pois sua interrupção pode fazer com que a doença apareça novamente ou, pior, pode levar a um quadro grave. Uma pessoa infectada e sem tratamento ajuda a manter a doença circulando na sua comunidade”, explica a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Malária do Ministério da Saúde, Ana Carolina Santelli.

Medidas simples podem reduzir a possibilidade de contaminação. Veja alguns exemplos:

– Usar cortinados e mosquiteiros, de preferência os impregnados com inseticidas de longa duração, sobre a cama ou rede;

– Usar telas em portas e janelas;

– Evitar frequentar locais próximos a criadouros naturais de mosquitos, como beira de rio ou áreas alagadas ao final da tarde até o amanhecer, pois nesses horários há um maior número de mosquitos transmissores circulando;

– Diminuir ao mínimo possível as áreas descobertas do corpo onde o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas e cores claras;

– Usar repelentes à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida) ou de icaridina nas partes descobertas do corpo. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e a frequência de aplicação;

– Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo 3 vezes ao dia.

Plano de Combate

Em 2015, o Brasil lançou o Plano de Eliminação da Malária no Brasil, que faz parte da estratégia de atingir as metas estabelecidas pelas parcerias internacionais para o diagnóstico, tratamento, controle vetorial, educação em saúde e mobilização social. Entre as diretrizes está a identificação das áreas de transmissão e com populações infectadas para garantir a oferta de tratamento em áreas próximas às comunidades. Dessa forma, os casos podem ser identificados em um intervalo menor de tempo, evitando casos graves e interrompendo a transmissão.

O diagnóstico deve ser feito de forma contínua e regular, sendo essencial o envolvimento das equipes de saúde da família, por meio da ação de agentes comunitários de saúde em seus territórios para detectar, monitorar e orientar os pacientes. Os profissionais de saúde devem estar atentos e ser capazes de identificar os sinais de gravidade, e, quando necessário, devem promover o encaminhamento do paciente para unidade de referência municipal ou estadual.

Confira a lista de instituições, em Minas Gerais, indicadas pelo Ministério da Saúde para o tratamento e diagnóstico da malária:

Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Araguari
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Rua Dr. Afrânio, 163, sala 15 – Centro – Araguari/MG – 38440-072
Telefone: (34) 3690-3101
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 17h

Nome da Instituição: Faculdade de Medicina da UFMG e Secretaria de Estado de Saúde / MG
Setor Responsável: Pronto Atendimento do Hospital das Clínicas / Departamento Doenças Infecto Parasitárias (DIP) e Diretoria de Vigilância Ambiental/ SESMG
Endereço: Avenida Alfredo Balena 190, sala 139 – Santa Efigênia – Belo Horizonte/MG – 30130-100
Telefone: (31) 3226-6269 / 3916-0389 / 3916-0386
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 9h às 17h

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano / SES-MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Avenida Dário Grossi, 65, Praça da Estação – Caratinga/MG
Telefone: (33) 3321-6750
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 18h

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Diamantina – SES/MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Praça Alvorada, s/n – Diamantina/MG
Telefone: (38) 3532-1450
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 18h

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis – SES/MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Avenida Antônio Olímpio de Morais, 2.100, Santa Clara – Divinópolis/MG
Telefone: (37) 2101-2900 / 2101-2934
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 18h

Nome da Instituição: Hospital Municipal de Governador Valadares
Setor Responsável: Laboratório de Análises Clínicas
Endereço: Rua Teófilo Otoni, 361 – Governador Valadares/MG
Telefone: (33) 3271-2166

Nome da Instituição: Hospital Filantrópico Márcio Cunha
Setor Responsável: Clínica Médica
Endereço: Avenida Engenheiro Kiyoshi Tsinawaki, 41 – Cariru – Ipatinga/MG
Telefone: (31) 3829-9272 / 3829-9262
Período de funcionamento: domingo a domingo
Horário de atendimento: 24 horas

Nome da Instituição: Hospital Márcio Cunha
Setor Responsável: Laboratório de Patologia Clínica
Endereço: Avenida Kiyoshi Tsinawaki, 41 – Águas – Ipatinga/MG – 35160-158
Telefone: (31) 3829-9028 / 3829-9182
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 7h às 17h

Nome da Instituição: Hospital Municipal Eliane Martins
Setor Responsável: Laboratório de Análises Clínicas
Endereço: Avenida Felipe dos Santos, 123 – Cidade Nobre – Ipatinga/MG – 35162-369
Telefone: (31) 3828-5651
Período de funcionamento: domingo a domingo
Horário de atendimento: 24 horas

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Juiz de Fora / SES-MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Avenida dos Andradas, 222 – Centro – Juiz de Fora/MG – 36036-000
Telefone: (32) 3257-8846 / (35) 3257-8800
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 17h

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Pouso Alegre – SES/MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Avenida Vicente Simões, 984 – Centro – Pouso Alegre/MG – 37550-000
Telefone: (35) 3423-1592
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 18h
Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Sete Lagoas – SES/MG

Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Avenida Doutor Renato Azeredo, 834 – Centro – Sete Lagoas/MG – 35700-312
Telefone: (31) 2107-3400 / 2107-3412
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 18h

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Teófilo Otoni – SES/MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Rua Engenheiro Celso Murta, 91 – Olga – Teófilo Otoni/MG – 39803-087
Telefone: (33) 3087-2600 / 3523-5217
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira

Nome da Instituição: Centro de Saúde João Otávio
Setor Responsável: Laboratório
Endereço: Avenida Vinte, s/n – Olária – Timóteo/MG – 35180-180
Telefone: (31) 3847-7669
Período de funcionamento: Domingo a domingo
Horário de atendimento: 24 horas

Nome da Instituição: Secretaria Municipal de Saúde de Três Marias
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Avenida Contorno, 1 – Centro – Três Marias/MG –
Telefone: (38) 3754-5641
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira

Nome da Instituição: Laboratório Macrorregional de Saúde Governo de Minas
Setor Responsável: Laboratório de entomologia
Endereço: Avenida Saudade, 1.346 – Mercês – Uberaba/MG – 38061-000
Telefone: (34) 3074-1239 / 3312-1110
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira

Nome da Instituição: Centro de Controle de Zoonoses / SMS de Uberlândia
Setor Responsável: Laboratório de sorologia
Endereço: Avenida Alexandrino Alves Vieira, 1.423 – Liberdade – Uberlândia/MG – 38401-240
Telefone: (34) 3213-1470 / 3213-1418
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira
Horário de atendimento: 7h às 18h

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Unaí / SES /MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Avenida Governador Valadares, 1.634 – Centro – Unaí/MG
Telefone: (38) 2102-4900 / 2102-4926
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira

Nome da Instituição: Superintendência Regional de Saúde de Varginha / SES /MG
Setor Responsável: Vigilância Epidemiológica
Endereço: Rua Manuel Diniz, 145 – Industrial JK – Varginha/MG
Telefone: (35) 3219-2300
Período de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira

Fonte: Blog da Saúde

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