Hospital São Paulo se defende de suposto caso de negligência

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Familiares e amigos do jovem Áureo de Oliveira Martins, de 29 anos, reclamaram de uma possível negligência do Hospital São Paulo (HSP), em Muriaé. Áureo era morador do bairro José Cirilo e procurou o HSP pela primeira vez no domingo (3) de manhã e teve seu óbito confirmado no início da noite de segunda-feira (4).




Abraão José de Paula, amigo do rapaz, foi quem o levou ao hospital pela primeira vez. Segundo ele, o primeiro atendimento foi o erro que custou a vida de Áureo. “No domingo pela manhã ele já estava com muitas dores. O levei até o hospital e houve aquele atendimento superficial, em que o médico quase não coloca a mão no paciente. Deram uma injeção nele e o mandaram pra casa. Isso não devia ser assim, não fizeram nem um exame sequer”, afirma.

À tarde, por volta das 14h30, segundo Abraão, o amigo voltou a lhe procurar. “Ele começou a dizer que achava que ia morrer. Não conseguiu nem tomar banho sozinho pra ir pro hospital. Como sempre, demorou muito pra que ele fosse atendido. E ainda mais para que a cirurgia fosse feita. Esse tempo de intervalo custou a vida do Áureo”, diz o amigo, ao lado de Ivânia de Souza Faria, irmã do rapaz.




HSP se defende

O Jornal de Muriaé entrevistou três profissionais do HSP: Dr. Paulo César de Oliveira, diretor clínico do HSP; Dr. César Ladeira, coordenador da UTI e o Dr. Edivar Pereira de Almeida, representando a diretoria. A reportagem teve acesso a todos os prontuários de atendimento a Áureo.




A ficha mostra que o primeiro atendimento aconteceu às 10h34 de domingo, dia 3. Com dores abdominais, Áureo foi examinado pelo médico de plantão, que lhe receitou uma injeção. Após a aplicação e, aparentemente, uma interrupção dos sintomas, o rapaz foi liberado para casa.

Na segunda passagem pelo HSP, Áureo foi atendido às 17h23. Após ficar em observação, foi internado e permaneceu sem acompanhantes em um quarto do 5º andar. Já à noite, por volta das 0h, Áureo reclamou de insônia. Às 2h, voltaram as dores, desta vez mais fortes. Um cirurgião foi chamado e, de imediato, recomendou a cirurgia, que foi realizada ainda na madrugada de domingo para segunda.




Os médicos afirmaram que o quadro da apendicite de Áureo, conforme os fatos se deram, não era de um ou dois dias, mas de aproximadamente uma semana. Isso muito provavelmente fez com que a infecção fosse transportada para o sangue do paciente, se espalhando por outros órgãos.

Durante a cirurgia, Áureo teve três paradas cardiorrespiratórias. Ele foi reanimado, mas ao fim do procedimento, ao ser encaminhado para a UTI, seu coração já batia a base de medicamentos, seus rins não funcionavam mais e ele respirava com a ajuda de aparelhos. A situação já era praticamente irreversível. Áureo teve o óbito confirmado às 19h45 de segunda-feira.




A equipe médica ressaltou que a apendicite é um quadro clínico que se confunde com outros, pelos sintomas, como dor abdominal ou lombar, febre e vômitos. E muitas vezes, dependendo do estágio da mesma, não é detectada sequer em tomografias.

“Sabemos que a morte é triste e muito chocante para a família e amigos, ainda mais quando se trata de um rapaz forte e jovem como o Áureo. Nós, da equipe médica, também não gostamos quando isso ocorre. Também foi uma surpresa. Mas todo o procedimento foi realizado normalmente. O paciente teve o acompanhamento necessário e, nesse período de 24 horas, não evoluiu clinicamente. O Hospital São Paulo não nega atendimento a quem quer que seja, mas não podemos simplesmente abrir a barriga de todo paciente que chega com dor abdominal ou lombar. Isso seria uma irresponsabilidade. O caso do Áureo foi uma fatalidade, em que o organismo já não reagiu quando a cirurgia foi realizada. Com a infecção presente, o sistema imunológico não funcionou, os próprios exames de sangue demonstram isso. Mas estamos abertos a conversar com a família, explicar os procedimentos e demonstrar que em nenhum momento faltou empenho da equipe médica ou do HSP”, concluiu o Dr. Paulo César de Oliveira.




Fonte: Jornal de Muriaé




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