Médicos de plano de saúde voltam a atender em Muriaé
A suspensão do atendimento dos pacientes dos planos de saúde terminou ontem em Minas Gerais. A paralisação ocorreu do dia 10 até o dia 18 deste mês. Em Muriaé, a adesão foi de 100% dos médicos. Esta foi a segunda vez que os médicos pararam de atender pacientes de convênios neste ano. No dia 25 de abril, ocorreu a primeira paralisação de 2012.
Com o movimento, os médicos só conseguiram levar para a mesa de negociação a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que vai se encontrar com as lideranças do movimento no Estado na segunda-feira. Representantes da categoria avaliaram o movimento de forma positiva. “Valeu a pena. Não podemos deixar as coisas como estão, é preciso fazer algo”, defende o presidente da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Lincoln Lopes Ferreira.
Durante os dias de paralisação, cerca de 15 mil consultas por dia deixaram de ser realizadas em Belo Horizonte, onde a adesão entre os médicos foi estimada entre 70% e 80%, atendimentos urgentes e emergenciais continuaram sendo feitos normalmente. “Foi um movimento bem pulverizado no Estado. Em algumas cidades, como Muriaé, o percentual foi ainda maior, de 100%. O mesmo aconteceu em alguns hospitais e clínicas de Belo Horizonte. Foi o movimento mais longo que já fizemos no Estado”, observa.
No começo da próxima semana, as entidades que representam os médicos no Estado irão enviar cartas para cada uma das operadoras de plano de saúde chamando-as para negociar com a categoria. E já está agendado para o dia 26 do próximo mês uma nova assembleia dos médicos, possivelmente na sede da AMMG, no centro de Belo Horizonte.
Conforme o dirigente, se o impasse entre médicos e as empresas continuar, o que pode acontecer é que os médicos deixem de atender através dos planos de saúde. “É um indicativo. Aliás, isto já vem ocorrendo, fruto da remuneração dos planos de saúde, que é baixa”, diz.
Fonte: Guia Muriaé, com informações de O Tempo