Por vida mais sáudavel, brasileiros procuram mais o tratamento para colesterol
Vida mais saudável, sem tabagismo, com atividade física regular e dieta rica em fibras, é essencial para mitigar o problema; níveis equilibrados diminuem discos de infarto e AVC
As doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 1.100 mortes por dia no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Um dos principais fatores de risco para a saúde do coração é o colesterol, mas levantamento da epharma aponta que a quantidade de usuários da plataforma que está aderindo ao tratamento para reduzir os níveis de gordura no sangue aumentou 130% no primeiro semestre de 2023.
Segundo a empresa, o número de unidades de medicamentos para colesterol vendidas no mesmo período para beneficiários do programa PBM cresceu 69,7%. “A pesquisa demonstrou que a classe terapêutica mais vendida foi de inibidores redutase HMG-COA, medicamentos utilizados para diminuir as taxas de gordura no sangue, e representou quase 80% da comercialização de medicamentos para o tratamento de colesterol no período”, explica Wilson Oliveira Junior, diretor de Negócios e Operações da epharma.
Dezenove estados tiveram volume de venda superior à taxa nacional, que foi de 15,47% no período. Piauí liderou com crescimento de 48 vezes, bem acima de Rondônia, na segunda posição, que fechou o período com aumento de 15 vezes. São Paulo, estado mais populoso do Brasil, praticamente dobrou o número de vendas de medicamentos para esse tipo de doença.
As vendas de medicamentos para reduzir o índice de colesterol na plataforma da epharma diminuíram mais da metade em Minas Gerais e 32% no Espírito Santo.
Tratamento é fundamental para evitar complicações
Níveis elevados de colesterol podem aumentar os riscos de outras doenças, principalmente de infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Além de dieta balanceada e prática de atividades físicas, é importante fazer o tratamento medicamentoso adequado para controlar a taxa de colesterol.
“Durante a pandemia, muitos pacientes abandonaram tratamentos e atividade física, o que tem levado a mais pacientes com alto nível de colesterol e que precisam de terapia com medicamentos”, explica Dr. Carlos Eduardo Vilhena, cardiologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.
Existem dois tipos de colesterol: o HDL (colesterol bom) e o LDL (colesterol ruim). Manter os níveis equilibrados de ambos é essencial para a saúde. “Uma vida mais saudável, sem tabagismo, com atividade física regular aeróbica, dieta pobre em carboidratos e gorduras e rica em fibras, é muito importante para diminuir o peso, reduzir resistência insulínica e favorecer a queda de colesterol”, finaliza o especialista.
Fonte: Marise Vieira / Máquina CW