Tosse persistente por três semanas ou mais pode ser tuberculose

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Um resfriado persistente incomodava a rotina da estudante Daniela Vieira. “Sentia algumas dores, pontadinhas fracas no tórax, mas não me preocupei”, conta. Meses depois, após indicações de quadros como pneumonia e sinusite, a jovem de 21 anos desconfiou que poderia ter tuberculose. “Estava no trabalho da minha mãe e uma mulher disse que o filho dela também estava com os mesmos sintomas e descobriu que era tuberculose, aí que tive um estalo. Até então, nunca imaginei que poderia ser isso. As pessoas pensam que essa doença não existe mais, que só gente da roça ou idoso que tem”, disse.




Daniela manifestava sintomas comuns a outras doenças, mas recorrentes na tuberculose. “Eu tossia praticamente o dia todo, às vezes me dava febre durante a noite, dores nas costas e no peito. Tinha dia que de tanto tossir eu chegava a ficar com falta de ar e me dava fraqueza”, conta.

Após exames em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cachoeiro de Itapemirim (ES), onde mora, o diagnóstico da estudante foi confirmado. O médico que a atendeu a encaminhou para o tratamento. “O tratamento durou seis meses e só nos primeiros quinze dias que me pediram para ficar de repouso em casa. Como no meu caso a tuberculose ainda estava no estágio inicial, no primeiro mês com a medicação já estava me sentindo bem melhor”, disse.




Durante todo o tratamento Daniela recebeu acompanhamento de uma enfermeira da UBS que a examinava tanto nas visitas ao local para buscar o medicamento, como em ligações para saber do seu estado de saúde. Mesmo após a cura, a estudante ainda recebeu atendimento da equipe de saúde.

Em 2014, a coordenação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde distribuiu 175 equipamentos de teste rápido a 94 municípios – onde se concentram 55% dos casos novos e retratamentos registrados no Brasil. Em um ano, foram realizados mais de 145 mil testes.




A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, mas também pode ocorrer em outras partes do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). A transmissão é direta, de pessoa a pessoa, por meio de pequenas gotas de saliva expelidas ao falar, espirrar ou tossir. Na maioria das pessoas infectadas, os sinais e sintomas mais frequentemente são:

* Tosse seca contínua, no início da doença;
* Tosse com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue;
* Cansaço excessivo;
* Febre baixa geralmente à tarde;
* Sudorese noturna;
* Falta de apetite;
* Palidez;
* Emagrecimento acentuado;
* Rouquidão;
* Fraqueza e prostração.




Campanha

Para alertar a população, o Ministério da Saúde lançou uma campanha de conscientização sobre a importância do diagnóstico e realização do tratamento contra tuberculose. Com o mote “testar, tratar e vencer”, a campanha é protagonizada pelo jogador de futebol Thiago Silva. “Tuberculose existe, mas tem cura”, alerta o jogador. O zagueiro foi diagnosticado com a doença em 2005, quando jogava em um time russo. O objetivo da campanha é levar mais informação às pessoas, reduzindo o preconceito sobre a doença. No ano passado, a campanha do Ministério da Saúde contou com a participação do cantor Thiaguinho, que também foi diagnosticado, seguiu tratamento sem interrupção e foi curado.




Fonte: Gabriela Rocha / Blog da Saúde




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