“UPA de Muriaé estará em funcionamento em breve”, afirma vereador
Inaugurado em 2012, no final do mandato do ex-prefeito José Braz, o prédio onde funcionaria a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Muriaé segue abandonado até hoje. O problema se arrastou durante todo mandato do ex-prefeito Aloysio Aquino e foi herdado pelo atual prefeito Grego, que busca uma solução para o problema.
Em 24 de julho de 2017, a Prefeitura de Muriaé afirmou que a situação da UPA tornou-se tema prioritário. Desde então, o prefeito Grego, o secretário municipal de Saúde, Paulo César de Oliveira, e outros membros da Administração tiveram participando de reuniões sobre o assunto, para que o prédio, construído sem jamais ter entrado em funcionamento, possa finalmente abrir suas portas aos muriaeenses.
A ideia era que a unidade conte, em uma de suas alas, com pronto-atendimento diminuto – ou seja, prestando serviços intermediários entre o atendimento básico dos postos de saúde e o de urgência e emergência que é feito no HSP. Já em outro ambiente, a sugestão é que o local abrigue atividades diferenciadas – uma possibilidade é o CAPS III, voltado para o tratamento de dependentes de álcool e drogas.
A UPA Muriaé poderia desafogar o Pronto-Socorro do Hospital São Paulo. Nesta semana, a direção do HSP emitiu um comunicado sobre a superlotação no Pronto-Socorro. “Procure este serviço apenas em caso de urgência, pois estamos com superlotação, dificultando os atendimentos. Todos os leitos de internação estão ocupados, tendo um número elevado de pacientes no Pronto-Socorro aguardando vagas para a internação”, dizia o comunicado.
Nesta quarta-feira (21), o vereador Dr. José Carlos (PSB) afirmou nas redes sociais que em breve a UPA de Muriaé estará em funcionamento, além de outras novidades referentes a área da Saúde do município.
A Prefeitura de Muriaé ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Histórico
Em janeiro de 2010, o Ministério da Saúde liberou R$ 2 milhões para a construção da UPA em Muriaé. O valor seria utilizado para obras e para compra de equipamentos. A obra foi entregue no fim do mandato do ex-prefeito José Braz.
Desde então, a nova Secretaria de Saúde Municipal vem buscando requalificar a UPA na cidade, que inicialmente foi classificada como Porte II, passando a classificação para Porte III, e conseguindo assim mais recursos, que, segundo a Secretaria, é o principal que falta para a UPA começar a funcionar. “A UPA terá uma despesa mensal de R$ 800.00,00. Deste total, o Governo Federal arcaria com 50%, o Estadual com 25% e a Prefeitura com outros 25%, porém o Governo Estadual não esta ‘disposto’ a ajudar com os recursos necessários para que a UPA comece a funcionar”, disse a então Secretária Adjunta de Saúde, Grasielle Esposito, em entrevista ao Guia Muriaé, em julho de 2013.
Em agosto de 2013, representantes do Ministério da Saúde avaliaram e analisaram a estrutura do prédio, que recebeu parecer favorável dos profissionais para operação em nível 3. “Em um primeiro momento a parte física está de acordo com as normas e exigências do Ministério da Saúde”, disse Chistian Prata Lima, Analista e Técnico do Ministério da Saúde. Até então, seria preciso apenas alguns ajustes como a colocação de corrimãos, acessibilidade, protetores de ralos, entre outros itens. Na ocasião, a Secretária Adjunta de Saúde afirmou que a previsão para o início dos atendimentos são para os primeiros meses de 2014.
O prazo limite para a UPA entrar em funcionamento seria março de 2014, para firmamento do convênio.
Entenda a qualificação da UPA
* UPA Porte I: tem de 5 a 8 leitos de observação. População na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes;
* UPA Porte II: 9 a 12 leitos de observação. População na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes;
* UPA Porte III: 13 a 20 leitos de observação. População na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes.
Fonte: Guia Muriaé
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