5 em cada 10 trabalhadores devem usar parte do 13º salário para compras de Natal

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Com a chegada do período de recebimento do 13º salário, muitas pessoas se perguntam qual é a prioridade do uso dessa renda extra. Ainda que seja aconselhável analisar as finanças cuidadosamente antes de tomar uma decisão, uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais mostra que cinco em cada dez brasileiros que recebem 13º (52,9%) utilizarão ao menos parte do valor para fazer as compras de Natal, sendo que 10,8% pretendem gastar todo o valor.




Entre os 27,0% que não pretendem utilizar a renda extra com presentes, o principal destino será economizar ou investir (26,6%), além de quitar dívidas para organizar a vida financeira (26,4%) e pagar impostos de início de ano, como IPTU e IPVA (11,4%).

De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil e do portal “Meu Bolso Feliz”, José Vignoli, é importante refletir sobre o uso racional do 13º salário, por mais que seja tentador ceder aos apelos de consumo durante o Natal e as comemorações de Ano Novo. “Qual é a prioridade? Essa é a pergunta que a pessoa deve fazer. Quitar contas em atraso, por exemplo, deve vir antes de qualquer desejo de compra”, explica Vignoli.




Para o educador, mesmo quem está com as despesas em dia precisa refletir sobre o melhor uso deste dinheiro extra. “Poupar e aplicar parte dos recursos, por exemplo, são hábitos que fazem muita diferença, seja para realizar sonhos ou para uma aposentadoria mais confortável. Quem ainda assim decidir que o melhor é comprar presentes deve tomar algumas precauções, como optar pelo pagamento à vista, pesquisar preços e evitar ao máximo o endividamento”.

41% vão fazer bicos para gerar renda extra e comprar mais presentes




A pesquisa do SPC Brasil também mostra que 41,0% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou outras atividades para a geração de renda extra com o objetivo de comprar mais presentes ou presentes melhores, principalmente os os mais jovens (50,1%), as mulheres (47,9%) e as pessoas das classes C, D e E (44,8%).

“Tradicionalmente, este é um período em que grandes somas de dinheiro entram em circulação no comércio, ajudando a movimentar as vendas de produtos e serviços em diversos setores”, avalia Vignoli. “Além do 13º, com a chegada das festas de fim de ano, muitos consumidores costumam recorrer aos trabalhos informais, ou ‘bicos’, para comprar presentes melhores ou em maior quantidade”, conclui.




Metodologia

As entrevistas se dividiram em duas partes. Inicialmente ouviu-se 1.632 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 600 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 2,4 e 4,0 pontos percentuais, respectivamente. A uma margem de confiança de 95%.




Fonte: SPC Brasil / CNDL




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