CNDL propõe mudanças na tabela do Simples para driblar a crise
“O varejo precisa reagir imediatamente às dificuldades do atual cenário econômico”, é o que acredita o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, ao comentar as vantagens da jornada “flex”, proposta levada ao governo por entidades de varejo e serviços em que a carga horária feita pelos trabalhadores do comércio atenderia aos horários de maior movimento nas lojas.
“A CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] foi criada na década de 1940 e tem um grande foco nas relações entre industriais e operários. Do jeito que está, a CLT é muito ampla e não contempla as especificidades do universo do comércio varejista ― sobretudo no atual momento de crise”, explica Pinheiro.
Com a cota “flex”, trabalhadores cumpririam a carga horária conforme suas possibilidades e segundo demanda do próprio estabelecimento. Além disso, com a maior flexibilidade da carga horária, estudantes ou aposentados que queiram complementar o orçamento poderiam trabalhar. “De acordo com a atual cenário econômico, a jornada móvel é uma alternativa para minimizar os impactos negativos, como o desemprego”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.
Atualização das tabelas do Simples
O presidente da CNDL também comenta sobre a necessidade de aprovação do Projeto de Lei Complementar 25/2007, que atualiza as tabelas do Simples Nacional ampliando o teto de faturamento das microempresas para R$ 900 mil e o das empresas de pequeno porte para R$ 14 milhões. Para os Microempreendedores Individuais (MEI), o teto sobe o dobro, de R$ 60 mil para R$ 120 mil por ano.
“O projeto 25/2007 vai contribuir para aliviar a grande carga tributária atualmente paga por empresários e repassada ao consumidor. Negócios de micro e pequeno porte também precisam de um ambiente favorável para inovar, quitar e crescer. A atual tributação cobrada pelo governo os afasta dessa possibilidade”, conclui.
Fonte: SPC/CNDL